Titãs foi a banda convidada para embalar a festa de seis anos da <i>Rolling Stone Brasil</i>, no Cine Joia, em São Paulo - Thais Azevedo

Titãs mostra o que 30 anos ensinaram na festa da Rolling Stone Brasil

Por mais variada que fosse a plateia, foi difícil encontrar quem não estivesse envolvido pelos hits da banda

Lucas Reginato Publicado em 19/10/2012, às 11h59 - Atualizado às 22h41

Nesta quinta, 18, no palco do Cine Joia, em São Paulo, a revista Rolling Stone Brasil comemorou seis anos de existência. Quem embalou o evento foi um grupo que também passa por um período comemorativo: o Titãs, que está em turnê celebrando os 30 anos de atividade.

Entrevista: “Seria uma estupidez completar 30 anos e não comemorar”, diz Branco Mello, do Titãs.

Tanto tempo de carreira ensinou muita coisa à banda, que fez questão de provar que aprendeu cada lição ensinada pela estrada. A começar pelo repertório, que por mais que tivesse como tema central o clássico álbum Cabeça Dinossauro, de 1986 (19º colocado na lista de "100 Maiores Discos da Música Brasileira" da Rolling Stone Brasil), não deixou de percorrer outras fases da banda que coleciona muitos e variados sucessos.

“Cabeça Dinossauro”, a canção que abre o álbum homônimo, recebeu a mesma função no show, e provou que por mais que a banda tenha caminhado por vezes de forma mais suave em alguns momentos da carreira, a proposta de relembrar os hits antigos reavivou também o vigor juvenil daquele tempo.

“AA UU” veio logo depois, assim como “Igreja”, “Polícia” e “Porrada”. Mas o fato de ser uma turnê especial de Cabeça Dinossauro não evitou que hits de outras épocas, como “Flores”, também fossem cantadas e tão comemoradas pelo público presente no Cine Joia.

Por mais variada que fosse a plateia, era difícil encontrar quem não estivesse envolvido pelas canções. Mais ainda, o coro formado em “Família” confirmou que os presentes também estavam à vontade para participar da comemoração. Afinal, 30 anos de estrada ensinaram o Titãs a lidar perfeitamente com seus espectadores. A movimentação em cena de Paulo Miklos, Branco Mello, Sérgio Britto e Tony Bellotto consegue parecer ensaiada e espontânea ao mesmo tempo, porque é leve e mantém o palco sempre engajado. Gestos, melodias e palavras de ordem dos músicos acabam sempre encontrando a resposta do público.

A experiência de tantos palcos na carreira do Titãs também deve ter calejado a banda em relação aos gritos mais famosos dos shows de rock nacional. Portanto, soou completamente adequada a homenagem a Raul Seixas com “Aluga-se” e seu refrão acelerado de “nós não vamos pagar nada”.

Com pouco menos de uma hora de apresentação, a banda saiu de cena por alguns instantes antes de voltar para o bis, com “Sonífera Ilha”. Miklos aproveitou para, antes de deixar o palco em definitivo, agradecer a plateia, exaltar a música brasileira e parabenizar a Rolling Stone Brasil - mas o Titãs, também, merece os parabéns.

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