Músico falou sobre conceito de seu novo disco durante evento da Natura Musical, nesta terça, 30
Por Fernanda Catania Publicado em 31/03/2010, às 13h31
"Quantas lágrimas de amor molhei a terra, sem a chuva que lhe espera, para você não me esquecer." Cantando com as mãos no violão e o pé direito em um pandeiro, Carlinhos Brown apresentou uma composição poética, com temática regional, durante entrevista coletiva de imprensa do Natura Musical, nesta terça-feira, 30.
A música inédita "Pestaneja" antecipa o conceito que guiará o disco do cantor, previsto para ser lançado no segundo semestre deste ano. "Ela podia chamar sertaneja, mas é Pestaneja", disse, aos risos, o cantor, em entrevista ao site da Rolling Stone Brasil. "O pestanejar é o instante entre o sonho e a realidade. Quando você pestaneja, vive o escuro e o claro em questão de segundos", explicou.
O projeto pretende mostrar a sonoridade contemporânea de Carlinhos Brown com requintes tradicionais da música brasileira. "A melodia da música sertaneja hoje, embora seja um sucesso, é mais da música pop do que da sertaneja em si", disse. "O que conheco de música sertaneja vem do alto sertão nordestino. E eu quero partir pra esse lado, quem tem canção e poesia."
O disco será inteiro autoral, com muitos elementos da percussão brasileira aliados a letras românticas. Segundo o cantor, a ideia é mostrar "como as músicas de favela cresceram e não estacionaram no funk ou no hip hop, mas continuam barrocas, principalemente pela influência de Cartola e Noel, por exemplo".
"Eu errei muito na minha vida quando, em algum momento, disse que era pop. Eu não sou pop e não quero isso. Todo mundo quer ser pop, eu quero ser canção. A canção passa por todos os tempos", alfinetou. "Já coloquei 1, 5 milhão de pessoas na rua para ver um show, então acho que está na hora de voltar para o teatro."
A ideia do teatro está relacionada ao fato de Carlinhos querer fazer um show mais próximo ao público e que combine com o conceito "voltado ao social", presente na concepção do disco. No entanto, isso não se refere ao tamanho da produção. "Eu sou sempre mega. Não estou falando sobre um teatro de 200 lugares, mas de uns dois mil. Quero um lugar que dê estrutura para o que eu tenho a oferecer. Não sou um artista que tem vergonha, penso grande mesmo."
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