Kassin e Eumir Deodato estão entre aqueles que trabalharão no espetáculo, que passa por Salvador, Recife, Brasília, Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro
Redação Publicado em 27/02/2013, às 12h43 - Atualizado às 13h40
Vanessa da Mata foi escolhida para a turnê em homenagem a Antonio Carlos Jobim (1927 a 1994), em projeto semelhante ao que levou Maria Rita a excursionar pelo país com o repertório exclusivamente dedicado a Elis Regina. O Nivea Viva Tom Jobim passará por Salvador, Recife, Brasília, Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro. “Eu tenho influência direta de Tom no meu trabalho e é uma responsabilidade e um prazer participar deste projeto”, disse a cantora durante entrevista coletiva.
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A turnê terá início no dia 9 de abril, no Rio de Janeiro, em local com entrada restrita para convidados. A partir daí, o show, sempre gratuito, percorre as cidades citadas até terminar, novamente no Rio de Janeiro, em alguma praia não divulgada em data ainda não definida. O projeto em homenagem a Elis Regina passou também por Belo Horizonte, mas os organizadores tiveram que retirar a capital mineira do calendário por falta de um espaço aberto que pudesse comportar um número grande de pessoas.
Nesta nova edição do projeto são comemorados os 50 anos de lançamento do primeiro disco solo de Tom, lançado nos Estados Unidos, The Composer of Desafinado, Plays. O álbum, lançado em 1963, trazia grandes sucessos da carreira de Tom, como "Insensatez", "Corcovado", "Chega de Saudade", "Desafinado" e uma versão em inglês de "Garota de Ipanema".
A cineasta, diretora e produtora Monique Gardenberg será responsável por montar o espetáculo e escolher o repertório. De acordo com ela, por enquanto, estão selecionadas 60 canções. Número que será reduzido a 20 para o show. Os novos arranjos serão assinados pelo músico e produtor carioca Kassin e terão também contribuição de Eumir Deodato, músico com extensa lista de parceiros - do próprio Tom à cantora Björk.
Segundo Monique Gardenberg, os profissionais escolhidos devem fazer do show uma viagem no tempo, de Tom e da música, para assim também apresentar algo novo em relação à obra bastante explorada do compositor. “Todo mundo tem uma reverência e uma admiração pelos arranjos originais. Por outro lado, acho importante fazermos uma releitura, e por isso estamos conversando sobre o repertório e sobre a estética visual do espetáculo. Provavelmente vamos fazer do clássico ao mais contemporâneo”, explica a produtora.
“Tudo ainda é muito embrionário para que possamos dizer concretamente como será”, diz Vanessa da Mata, que confirma que terá no palco a companhia de músicos de cordas para recriar alguns dos arranjos de Tom. “Eu gosto de dizer que são músicas que abraçam as pessoas”, brinca a intérprete. “Para mim é uma música curativa. Assim como a senhora que benze e faz milagre no morro, a música do Tom tem esse aspecto, como se fosse um templo, uma benção.”
Assim como aconteceu com Elis Regina, que recebeu em sua homenagem exposição em diversas cidades do país, os organizadores também preveem outra forma de celebrar a vida e música de Tom Jobim além dos shows. Ainda não está decidido, no entanto, se será mesmo em instalação física ou alguma mostra virtual.
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