A revelação do soul britânico teve duras recaídas até falecer, em 23 de julho de 2011 — entrando para o seleto "Clube dos 27"
Wallacy Ferrari Publicado em 18/10/2020, às 18h00
Conhecida pela potência vocal poderosa e por misturar, tanto na música quando no estilo, as influências de soul, jazz e ska, Amy Winehouse foi um símbolo musical da seleta lista do clube dos 27; estreando com o disco solo Frank em 2003, a jovem despontou como uma das principais revelações da música britânica, se consagrando três anos depois com o lançamento do álbum Back to Black.
Com o hit homônimo e com "Rehab" foi considerada a música mais influente da década pelo jornal britânico The Telegraph. Amy se consagrou como uma das cantoras mais importantes do mundo. Todavia, as exaustivas turnês e o relacionamento conturbado com seu ex-assistente de vídeo, Blake Fielder-Civil contribuíram para tornar a vida da cantora em um inferno.
Os problemas começaram a ser mais frequentes a partir de 2007 — mesmo ano em que seu disco foi o mais vendido do mundo — com constantes cancelamentos de apresentações e a descoberta da traição do marido, em um relacionamento marcado pelo alcoolismo e abuso de substâncias psicoativas, contribuindo para o desenvolvimento de uma imagem negativa da estrela que era perseguida dia e noite.
No ano seguinte a descoberta da traição, ainda tentou reatar com o companheiro, que foram internados juntos em uma clínica de reabilitação. Apesar de ter abandonado a companheira durante a conclusão do tratamento, Amy ainda tentou ficar por mais tempo, chegando a não marcar presença na cerimônia do Grammy, em 2008 — evento onde foi premiada em seis categorias. Foi suficiente para ser feita de chacota pela mídia mais uma vez.
Descobriu outra traição de Blake durante um hiato de turnês e gravações, afundando mais uma vez no consumo de substâncias químicas. No entanto, o frequente assédio midiático com a decadência de sua saúde rendeu uma ordem judicial para que os paparazzi respeitassem o isolamento da artista.
O abuso de nicotina também resultou em problemas pessoais, sendo diagnosticada com um estágio inicial de enfisema pulmonar, sendo alertada por especialistas sobre a possibilidade de perder a voz.
Sabendo das condições, reiniciou os tratamentos contra os vícios, mas não conseguia manter a constância, tendo diversas recaídas oscilando entre a abstinência e o consumo de grandes quantidades de drogas.
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