Travis Barker fala sobre acidente de avião e sua recuperação, álbum solo e o futuro disco do Blink-182: "Ninguém acreditou que eu poderia voltar a tocar bateria depois de todas as cirurgias", diz o músico
Por Steve Appleford Publicado em 02/03/2011, às 14h11
Travis Barker está com a agenda cheia para 2011, começando com seu álbum solo, Give the Drummer Some, que chega às lojas no exterior em 15 de março, e uma turnê com Lil Wayne, além de planos para terminar o bastante adiado disco de reunião do Blink-182, para que seja lançado ainda neste ano. Mas as coisas não têm sido fáceis para o baterista, que tinha apenas duas músicas para fazer Give the Drummer Some quando se feriu seriamente em um acidente de avião. Barker e seu amigo DJ AM foram os únicos sobreviventes.
"Sinceramente, eu nunca achei que o álbum seria finalizado", diz ele. "Por um tempo após o acidente, eu estava apenas me recuperando. Ninguém acreditou que eu poderia voltar a tocar bateria depois de todas as cirurgias. Aquilo sempre esteve na minha cabeça. Quando entrei no estúdio, pensei: 'Eu posso andar agora, eu posso ainda tocar bateria. Preciso terminar isso'.''
Sua recuperação do acidente levou mais tempo e foi mais dolorosa do que na época foi divulgado. Barker se submeteu a 16 cirurgias e quase teve um pé amputado. Por um tempo, sua mão esquerda permaneceu dormente. "Levou muito tempo para eu me livrar dos 20 medicamentos que me fizeram tomar, e, então, fisicamente entrar em forma. Foi pesado", lembra ele.
Barker estava em turnê em 2009 com o Blink-182 quando recebeu a ligação com a notícia de que DJ AM havia morrido por causa de uma overdose, em Nova York. "Para mim, era difícil até para entrar no ônibus e dar uma volta. Eu e AM sempre nós falávamos e nos tornamos o apoio um para o outro após o acidente."
Após a turnê de reunião do Blink-182, Barker passou grande parte do ano passado completando as faixas de Give the Drummer Some, com participações de nomes como Ludacris, Lil Wayne, Snoop Dogg, Slash e Kid Cudi. O som não é punk. No lugar, pegada de hip-hop com a batidas de bateria. Slash dá uma impressão meio Santana em "Saturday Night", com levada latina, enquanto Tom Morello coloca sua guitarra raivosa nas batidas fortes de "Carry It", com vocais de RZA e Raekwon.
"Quando eu olho para a música, tudo fica meio embaçado, e eu gosto disso", diz Barker, sobre sua característica de misturar os gêneros. "Eu cresci assim, convivendo com diferentes tipos de pessoas que escutavam vários tipos de músicas diferentes. Não quis fazer parte de nenhum grupo. Eu amava tudo."
O Blink-182 começou a trabalhar no novo álbum no final de 2009, mas na maior parte de 2010 os integrantes acabaram dedicando seu tempo a outras coisas. A banda agora já está encaminhada a entregar o disco em junho. "Este tem sido o ano mais ativo do Blink. Temos nos trancado no estúdio", revela o baterista.
Barker cairá na estrada em março e abril com Lil' Wayne e Rick Ross para a I Am Still Music Tour (Mixmaster Mike, do Beastie Boys, e outros convidados se juntarão a eles). Sobre os planos, o baterista também espera gravar novamente com o Transplants, sua banda com Tim Armstrong, do Rancid. Ele explica que se manter ocupado é importante: "Tocar minha bateria é terapia".
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