O DVD de Velozes & Furiosos 6, último da franquia a contar com Paul Walker, chegou às lojas este mês, no Brasil; The Rock é o ator mais lucrativo de 2013
Stella Rodrigues Publicado em 22/12/2013, às 13h09
Esta semana, Dwayne Johnson, ator e lutador norte-americano também conhecido como The Rock, entrou no topo da lista de atores mais rentáveis do ano, compilada pela revista Forbes. As bilheterias de Velozes & Furiosos 6, G.I. Joe: Retaliação e Sem Dor, Sem Ganho somaram US$ 1,3 bilhão. Mas não foi sem dor, não (com o perdão do trocadilho que já vem acidentalmente pronto), conforme garante Billy Beck III, treinador de The Rock desde o começo da carreira do astro. Este mês, Velozes e Furiosos 6, último capítulo da franquia, chegou às lojas brasileiras em DVD. No homevideo, especialmente após a morte de Paul Walker em um trágico acidente de carro, o longa deve engordar ainda mais a conta bancária de The Rock.
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A relação de Dwayne com Billy, o treinador faz questão de frisar, é de parceria. “Eu não me chamaria de Senhor Miyagi [risos]”, diz,desfazendo logo a primeira imagem que vem à cabeça ao pensarmos em um treinador e seu pupilo. “A essa altura, ele nem precisa mais de um treinador. Mas gosta dessa parceria. Quando filma fora do país, ele me manda mensagens de texto perguntando como fazer uma determinada cena e eu adoro, porque esse é o tipo de coisa que amo fazer. Cheguei a ficar com dor nos polegares de tanto trocar SMS [risos]. Ele é mais um parceiro do que um estudante. Quando não gosta de determinado exercício, procuramos outra maneira”, explica. “A razão de eu me dar tão bem com o Dwayn... ele era jogador de futebol americano, machucou as costas e não pode jogar na NFL, mas ainda tem o espírito muito mais de um atleta profissional do que de um ator.”
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Esse espírito faz dele imbatível nas duas áreas, acredita Billy Beck III. “Ele já rompeu o tendão de Aquiles, há uns cinco anos. Se fosse uma pessoa normal, seria de um jeito. Mas ele não é normal! A maioria pararia por causa da mente. Mas ele tem uma mente superior. Se eu tivesse que dizer que qualquer ser humano é impossível de ser detido, eu diria que ele é. É fora do comum, ele deu um jeito de trabalhar todas as vezes que se feriu”, conta. “Uma vez um médico disse que ele não poderia fazer exercício por um período e ele simplesmente respondeu que isso seria impossível. Dwayne, em resumo, é isso. Ele sempre vai dar um jeito.”
O filme em questão era Treinando o Papai e a lesão não foi o único desafio que Johnson cumpriu de forma sobre-humana. “Tinha uma cena sem camisa. Geralmente, para um cara como ele, que é naturalmente grande, tem muita pressão para ele ficar mais magro. E ele fez um trabalho excelente, não existe ninguém com o mesmo grau de disciplina que ele. Lembro que mesmo bem depois desse filme sair, continuei recebendo muitos e-mails de pessoas perguntando como elas poderiam ficar naquela forma. E minha resposta para todo mundo era: ‘Se eu der para você a rotina que ele seguiu, isso te mataria!’. Tem um plano individual para cada pessoa e o dele mataria a maioria das pessoas.”
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“Tem muita diferença entre treinar alguém para uma luta e para uma cena de luta, quando a pessoa é um personagem e há uma preocupação com a estética”, continua o técnico, que começou a carreira apenas como lutador e entrou no show business já nessa parceria com The Rock. “A coisa mais importante é entender quem é aquele personagem e o que ele precisa aparentar. Qual é a mensagem? Olhando para alguém, todo mundo já faz sua avaliação e julgamento dessa pessoa. O Rock é, naturalmente, muito grande. Geralmente, os outros atores são menores. E ele não pode dominar a cena. Às vezes, dependendo de com quem ele está encenando, a maior preocupação é garantir que ele não pareça grande demais – o que é um desafio, já que ele é naturalmente musculoso [risos].”
Sem a tríade “treino, nutrição e condições mentais”, elenca Billy, não é possível trabalhar e atingir os resultados necessários. E há muito mais coisas envolvidas do que os leigos podem imaginar. “Se você focar apenas no treinamento, seu resultado será limitado a isso. E não dá para deixar isso na mão de outra pessoa. Como treinador, você precisa ficar no controle de tudo, controlar todas as porções, orientar o chef que cuida da alimentação. Geralmente, há pouco tempo para a preparação de um ator para o papel. São três meses, mais ou menos. E se for continuação, você precisa deixar o corpo do cara igual no anterior: seja mais magro ou maior. Temos protocolos de treinamento e nutrição muito específicos para atingir esses dois objetivos.”
Apesar de tudo, o treinador garante que o Dwayne Johnson é de uma natureza totalmente afável e o treino dele, como ator, muda muito em relação ao de alguém interessado em “brigar” de verdade – não que seja uma boa ideia provocá-lo. “Ele não é treinado para lutar, então, um lutador de verdade ganharia dele mesmo que fosse menor. Ao mesmo tempo, as pessoas teriam que ser burras de tentar! Ele é mentalmente feroz, não desistiria nunca! Se resolvesse se tornar um lutador, eu apostaria dinheiro nele, seria um lutador excelente.”
É essa determinação toda que tem mantido o ator no cinema, com um papel de ação atrás do outro, e conquistando títulos como o que obteve esta semana, sem se cansar. “A qualidade de vida e relação com as pessoas é uma das coisas mais importantes para qualquer um. Assim como o seu autocontrole e disciplina. Sem essas coisas, você vai acabar fracassando – em qualquer objetivo que tiver na vida. Essa é a fundação de tudo e Dwayne domina isso. Isso te dá longevidade – porque qualquer um consegue fazer um programa de exercício de três ou seis meses.”
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