Garrett Hedlund e Olivia Wilde em cena de <i>Tron: O Legado</i> - Douglas Curran/Disney Enterprises

Revivendo o culto

Tron - O Legado, que estreia nesta sexta, 17, tem boa história e efeitos surpreendentes

Por Paulo Cavalcanti Publicado em 17/12/2010, às 18h07

Lançado em 1982, o filme Tron - Uma Odisseia Eletrônica não foi exatamente um estouro de bilheteria - parte da crítica, inclusive, recebeu o trabalho com hostilidade. Mas poucos filmes foram tão influentes como ele. Tron foi um dos primeiros mergulhos de Hollywood no ciberespaço, mostrando que o videogame se tornaria uma das mais importantes mídias do futuro. O filme acenou que os efeitos digitais seriam indispensáveis ao cinema de entretenimento. Tendo achado um novo (e imenso) público ao longo dos anos por meio de reprises na TV e em cópias de VHS, gerou, por muito tempo, a expectativa de um remake ou uma sequência. E valeu a espera: em Tron - O Legado, o diretor Joseph Kosinski contou com efeitos especiais de ponta para seguir em frente de forma engenhosa com a história que marcou muita gente nos anos 80.

Sam (Garrett Hedlund), filho de Kevin Flynn (Jeff Bridges), cresce revoltado com o misterioso sumiço de seu pai, um genial e excêntrico magnata dos videogames. Depois de ser alertado de uma mensagem misteriosa por Alan Bradley (Bruce Boxleitner), amigo de seu pai, Sam vai parar em um universo paralelo chamado A Grade. O local fica dentro de um computador e foi lá onde seu pai ficou preso tempos atrás. É um mundo habitado por programas de computador com formato humanoide, onde tudo é resolvido como nos tempos dos gladiadores da Roma Antiga, mas como se fosse em um videogame.

O líder deste mundo digital é Clu, um clone jovial de Kevin Flynn. Depois de ser capturado e sobreviver a jogos brutais, Sam, com a ajuda de um programa humanoide chamado Quorra (Olivia Wilde), acaba encontrando seu velho pai, que se tornou uma espécie de guru zen isolado do cruel mundo de Clu. O problema é que Clu criou um poderoso exército e pretende invadir a Terra, aproveitando a brecha no portal causada pela inesperada aparição de Sam. Assim, cabe a Sam, seu pai e Quorra acabar com os planos de Clu.

Muitas coisas impressionam em Tron - O Legado. Em primeiro lugar, é bizarro ver o "jovem" Jeff Bridges contracenar com ele mesmo como é agora, obviamente bem mais velho. Estas cenas até ficam parecendo um filme dos anos 80, mas com a tecnologia dos anos 2000. Bridges foi rejuvenescido digitalmente e isso certamente vai abrir precedentes em Hollywood. Além disso, aqui, o 3D não é mero enfeite. Como o filme se passa em um ambiente de videogame, os efeitos de profundidade e aproximação permitidos pelo 3D ajudam a avançar a história. Sem contar a excelente trilha da dupla francesa Daft Punk, que consegue passar um clima que é ao mesmo tempo retrô e futurista. A dupla até aparece no filme, numa festa extravagante de Zuse (Michael Sheen), aliado de Clu. Obviamente quem é fã do filme original não deve perder.

Confira abaixo o trailer de Tron - O Legado:

tron tron-o-legado tron-uma-odisseia-no-espaco

Leia também

Alfa Anderson, vocalista principal do Chic, morre aos 78 anos


Blake Lively se pronuncia sobre acusação de assédio contra Justin Baldoni


Luigi Mangione enfrenta acusações federais de assassinato e perseguição


Prince e The Clash receberão o Grammy pelo conjunto da obra na edição de 2025


Música de Robbie Williams é desqualificada do Oscar por supostas semelhanças com outras canções


Detonautas divulga agenda de shows de 2025; veja