Em conversa vazada, o atual presidente dos Estados Unidos defende que fumar cannabis faz as pessoas "perderem pontos de QI"
Redação Publicado em 30/01/2020, às 12h10 - Atualizado às 12h20
Durante um jantar privado em abril de 2018, o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que fumar maconha faz as pessoas "perderem pontos de QI" e sofrerem mais acidentes. No entanto, ele foi rebatido pelo próprio filho, Donald Trump Jr., que defendeu o uso da erva.
"O álcool causa muito mais dano", disse o empresário. "Você não vê pessoas espancando as esposas depois de fumar maconha. É completamente diferente."
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Recentemente, Lev Parnas, um empresário soviético ex-associado à equipe de Trump, se voltou drasticamente contra o presidente e está vazando uma série de vídeos e áudios que acompanham o mundo particular do presidente.
Dessa vez, foi publicado um vídeo polêmico no qual Trump discute a política nacional de maconha com Parnas e seu associado, Igor Fruman, supostamente responsável pela gravação.
No vídeo, Parnas pergunta a Trump sobre um dos principais obstáculos da indústria legal da maconha: o acesso a bancos. Por enquanto, os comerciantes legais de cannabis enfrentam problemas para realizar operações bancárias básicas, visto que a maconha ainda é uma substância controlada a nível federal, apesar de ser liberada em vários estados.
"Sr. Presidente", diz Parnas, "Você já pensou em permitir serviços bancários nos estados onde a cannabis é permitida?"
Trump parece confuso no começo. "Você está falando sobre maconha, certo?", ele questiona. "Por quê? Você não pode fazer transações bancárias lá?"
"Você acha que a coisa toda sobre maconha é uma coisa boa?", continua Trump, enquanto Parnas responde que a maconha legal representa um "tremendo movimento" e diz que a maconha legal é "o futuro, não importa como você a veja."
"No Colorado, eles sofrem mais acidentes", rebate Trump. “Isso causa um problema de QI. Você perde pontos de QI."
As observações de Trump sobre a relação causal entre maconha e QI são contestadas por uma de suas próprias agências governamentais, o Instituto Nacional de Abuso de Drogas (NIDA).
"O resultado de dois estudos prospectivos longitudinais com gêmeos não apoiam uma relação causal entre o uso de maconha e a perda de QI", diz o NIDA em seu site. "Nenhuma diferença previsível foi encontrada entre os gêmeos enquanto um usava maconha e outro não."
Ainda, o NIDA observou que "o declínio observado no QI, pelo menos na adolescência, pode ser causado por fatores familiares compartilhados (por exemplo, genética, ambiente familiar), e não pelo uso da maconha".
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