Jim Morrison, Amy Winehouse e Kurt Cobain - Aradlo Di Crollalanza/REX Shutterstock, Matt Dunham//AP/REX Shutterstock, Stephen Sweet/REX Shutterstock

Uma breve história sobre o Clube dos 27 - de Janis Joplin a Kurt Cobain

Nomes de uma das coincidências mais elusivas e notavelmente trágicas da história do rock ‘n’ roll

Rolling Stone EUA. Tradução: Mariana Pastorello | @mari.pastorello (sob supervisão de Yolanda Reis) Publicado em 09/03/2021, às 14h21

O Clube do 27 se tornou uma das coincidências mais elusivas e notavelmente trágicas da história do rock ‘n’ roll. O termo se tornou amplamente conhecido após a morte de Kurt Cobain em 1994, com os fãs de rock conectando sua idade à de Jim Morrison, Janis Joplin, Brian Jones e Jimi Hendrix - embora fosse notável para os fãs no início dos anos 1970, quando aqueles quatro visionários morreram apenas dois anos separados um do outro. Quando Amy Winehouse faleceu aos 27, em 2011, atraiu ainda mais atenção para o significado da idade.

Embora o Clube esteja amplamente conectado a músicos, expandiu-se desde então, pois muitos jovens atores e artistas morreram devido a diversos fatores, desde vícios e suicídios a acidentes estranhos. Aqui estão algumas perdas infelizes e prematuras relacionadas ao Clube. 

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Robert Johnson 

Um dos talentos mais celebrados e singulares do Delta Blues, Robert Johnson gravou canções folclóricas arrepiantes sobre cães do inferno, o diabo e o desespero geral em meio a linhas de guitarra balançantes, dissonantes e às vezes desequilibradas - típicas do rock & roll por décadas.

Gravou menos de 50 músicas - incluindo algumas posteriormente regidas por Cream (“Cross Road Blues"), Captain Beefheart (“Terraplane Blues”) e os Rolling Stones (“Love In Vain”, “Stop Breaking Down”) - e se apresentou ao lado de nomes como Howlin’ Wolf, Elmore James e Memphis Slim enquanto alcançou a fama. “Quer saber o quão bom o blues pode ficar?” Keith Richards disse uma vez. “Bem, é dessa maneira.”

Em agosto de 1938, poucos meses após seu 27º aniversário, Johnson atacou a esposa do dono de uma roadhouse onde tocava, bêbado com uma garrafa aberta de uísque oferecida a ele, e morreu três dias depois por envenenamento por estricnina e pneumonia; está enterrado em uma sepultura sem identificação no Mississipi. 

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Brian Jones 

 Brian Jones (Foto: Mark and Colleeen Hayward/Getty Images)

 

A morte de Jones em sua casa de campo na Inglaterra em 1969 pareceu ser resultado do comportamento tolo. Misturar álcool e drogas e depois mergulhar na piscina foi nadar diretamente para os braços da morte. Mesmo parecendo óbvia, a morte de Brian Jones se tornou um dos mistérios mais persistentes do rock & roll, com muitos questionamentos sobre a versão oficial. Até mesmo integrantes dos Rolling Stones expressaram dúvidas. “Ainda assim, o mistério da morte não foi resolvido”, disse Keith Richards. “Não conheço [o caso profundamente], mas havia algo desagradável acontecendo.” 

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Alan Wilson 

Alan Wilson (Foto: Susie Macdonald/Redferns)

 

Canned Heat teve um sucesso artístico e comercial considerável, coroado por uma aparição no Woodstock em 1969. Mas o guitarrista Al “Blind Owl” Wilson era um homem problemático. Como muitos no Clube dos 27, estava afastado da família; tinha falta de confiança e sofria de depressão. Um dos hábitos excêntricos era dormir ao ar livre, como fez na casa do vocalista Bob Hite, em Los Angeles, na última noite de sua vida.

O corpo de Wilson foi encontrado no quintal de Hite em 3 de setembro de 1970. As mãos estavam cruzadas sobre o peito e havia uma garrafa do barbitúrico Seconal ao seu lado. A causa da morte foi oficialmente uma overdose acidental de barbitúricos, mas o baterista Fito de la Parra acreditava em suicídio.

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Jimi Hendrix 

Jimi Hendrix (Foto: Michael Ochs Archives/Getty Images)

 

Na madrugada de sexta-feira, 18 de setembro de 1970, enquanto estava com uma namorada em Londres, Inglaterra, Jimi tomou alguns comprimidos para dormir. Ninguém sabe ao certo quantas pílulas engoliu ou se entendia a situação. A droga era Vesparax, um barbitúrico forte. Meio comprimido era suficiente para colocar um homem para dormir por oito horas - Jimi pode ter engolido até nove.

Também bebebera. Isso foi tolo e imprudente, mas estava dentro do personagem. Durante os anos na estrada, adquiriu o hábito de usar drogas indiscriminadamente. “Jimi aguentava um punhado de m**** sem perceber”, disse o amigo Deering Howe

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Janis Joplin 

Janis Joplin (Foto: Michael Ochs Archives/Getty Images)

 

Certamente é fácil imaginar Janis se sentindo solitária ao voltar para o quarto de hotel em Hollywood após sua última sessão de gravação. Enquanto cantava “A Woman Left Lonely”, uma das últimas canções entonadas, sentia rejeição por parte do namorado. Por volta de 1h de 4 de outubro de 1970, pegou seu kit de heroína e injetou no braço esquerdo.

Em seguida, foi até a máquina de cigarros do saguão do hotel, voltando para o quarto com um maço. Fechou a porta, começou a se despir e estendeu a mão para colocar o pacote na mesa da cabeceira. Ao fazer isso, tombou, batendo o rosto na mesa ao cair no chão, onde foi encontrada morta no dia seguinte. 

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Jim Morrison 

Jim Morrsion (Foto: Michael Ochs Archives/Getty Images)

 

O culto a Jim Morrison cresceu postumamente, decolou em 1979, quando Francis Ford Coppola usou “The End” na trilha sonora de Apocalypse Now. Parte do culto a Jim foi a coincidência dele morrer com a mesma quantidade de anos de Brian, Jimi e Janis.

O link com 27 ajudou a reforçar a ideia de como Jimi era especial; a morte estava fadada; havia algo estranho no ar. O fato de Pamela Courson, namorada de Jim ter morrido na mesma idade sublinhava a estranheza da coincidência. Essa lenda era conhecida por todos os interessados pela música popular em 1994, quando Kurt Cobain decidiu ingressar no Clube. 

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Ronald McKernan 

Ronald McKernan (Foto: Tom Copi/Michael Ochs Archives/Getty Images)

 

Ron “Pigpen” McKernan era um personagem sensível e com problemas com bebida. Juntou-se a Jerry Garcia e Bob Weir para formar uma banda em 1964, tornando-se Grateful Dead. Pigpen começou a beber aos 12 anos e, por volta dos 20, teve cirrose hepática, úlceras e outros problemas. Pigpen estava sozinho em seu apartamento em Corte Madera, Califórnia, com vista para a baía de São Francisco, quando o fim veio em 8 de março de 1973. Falecera há dois dias quando a proprietária do apartamento o encontrou.

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Dave Alexander 

 Dave Alexander (Foto: Leni Sinclair/Getty)

 

Baixista fundador do The Stooges, Dave “Zander” Alexander tinha reputação de ser descontrolado antes mesmo do grupo se formar: por causa de uma aposta, abandonou o colégio 45 minutos após começar o último ano, e junto com o guitarrista do Stooges, Ron Asheton, viajou para Inglaterra com esperança de encontrar os Beatles. Também contribuiu com várias ideias inovadoras para o grupo, como a música “We Will Fall” em sua estréia, e a estrondosa “Dirt” do disco Fun House (1970).

Alguns dias antes do lançamento de Fun House, quando Alexander teve uma recaída antes de um festival e não pôde tocar, Iggy Pop o demitiu. Passaria o resto da vida lutando contra vícios e problemas de saúde, de acordo com o livro The 27 's. Bebeu tanto a ponto de desenvolver pancreatite e, depois de ir a um hospital onde seus pulmões se encheram de fluido, faleceu de edema pulmonar em fevereiro de 1975. “Foi o catalisador de muitas ideias dos Stooges”, disse Ron, certa vez. “Estava muito à frente de seu tempo.” 

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Peter Ham

Peter Ham (Foto:  Fin Costello/Redferns)

 

Depois de Kurt Cobain, o suicídio confirmado mais notável foi de Peter Ham, do Badfinger, uma das bandas assinadas no selo Apple, dos  Beatles, nos anos 1960. Como nos casos de suicídio, Ham chegou no ponto da morte parecer a única solução.

Conheceu o colega de banda, Tom Evans, em um pub perto de sua casa na Inglaterra na noite de 24 de abril de 1975, três dias antes de seu 28º aniversário, e disse: “Não se preocupe, conheço uma saída”.

Fortificado com bebida, Ham voltou para casa, escreveu um bilhete no qual expressava a amargura com o empresário e se enforcou na garagem. Evans se enforcou sete anos depois.

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Chris Bell

Chris Bell (Foto: Michael Ochs Archives/Getty)

 

A carreira de Chris Bell foi tão trágica quanto a morte. O talentoso músico foi a força motriz de poderosos heróis do rock, Big Star, co-escrevendo grande parte do disco #1 Record com o cantor Alex Chilton e tocando violão. Após o lançamento - embora os críticos elogiassem a música e especialmente Chilton, líder do popular Box Tops quando adolescente - o álbum fracassou.

Seis anos após o lançamento, Bell deixou Big Star, mergulhou na depressão clínica e no vício em drogas e, após mais tentativas fracassadas de relançar sua carreira, trabalhou no restaurante da família.  Em dezembro de 1978, Bell bateu um carro esporte Triumph TR-7 em um poste enquanto dirigia para casa após o ensaio da banda, matando-o instantaneamente. Muito do trabalho solo dele foi lançado postumamente, lembrando da importância na criação do som de Big Star.

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D.Boon

D.Boon à esquerda 

 

Com The Minutemen, o cantor e guitarrista D. Boon (esquerda) ajudou a expandir os vernáculos do punk e do hardcore para incluir funk, jazz e improvisação enquanto tocava rápido. Junto com os companheiros de gravadora Black Flag o quarteto do sul da Califórnia ajudou a definir a ética DIY da cena nos anos 1980. Lançaram quatro longas - incluindo o monumental LP duplo Double Nickels on the Dime - bem como vários singles e EPs.

Atraíram alguns fãs famosos ao longo do caminho, notavelmente Michael Stipe, quem os convidou para abrir para o REM em uma turnê de três semanas pela América do Norte. Poucos dias depois de voltarem, em dezembro de 1985, Boon adoeceu com febre. Mesmo assim, escolheu visitar os pais da namorada no Arizona, EUA,  no feriado e decidiu se deitar no banco de trás da van da banda para descansar enquanto ela dirigia.

No caminho, ela adormeceu ao volante e, quando a van virou, o frontman saiu voando pela porta de trás, quebrou o pescoço e morreu. “Isso foi o pior”, disse o colega da banda Mike Watt no livro Our Band Could Be Your Life. “Sem ele, sem Minutemen… Sinto falta”

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Jean-Michel Basquiat 

Jean-Michel Basquiat à direita (Foto: AP) 

 

Quando Jean-Michel Basquiat completou 20 anos, tornou-se celebridade do mundo da arte, no caminho para uma virada na cultura pop. Depois de abandonar o ensino médio, o artista autodidata neo-expressionista nascido no Brooklyn, EUA, passou o final dos anos 1970 pintando graffitti no SoHO, assinando como “SAMO”. Em 1980, permitiu suas pinturas - as quais apresentavam interpretações coloridas e irregulares de pessoas, muitas vezes, justapostas com palavras - a serem apresentadas em um show coletivo.

Nos anos seguintes, colaborou com Andy Warhol em uma série de pinturas, chamadas Madonna, apareceu no vídeo “Rapture” de Blondie e cultivou o mito do artista temperamental, destruindo algumas pinturas e despejando frutas secas e nozes na cabeça de um negociante de arte. Ao longo do caminho, desenvolveu sério problema com drogas.

Nos meses antecedentes à sua morte (em 1988 por “intoxicação aguda por drogas mistas” - ou seja, opióides e cocaína) alegou ter injetando 100 sacos de heroína por dia. Desde então, tornou-se um dos artistas mais celebrados das últimas três décadas, e foi objeto de uma cinebiografia e inúmeras referências nas canções de Jay Z.

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Mia Zapata 

Mia Zapata (Foto: Jackie Ransier)

 

Vocalista do The Gits, Mia Zapata era uma força punk e a voz feminina mais importante na cena grunge, dominada por homens em Seattle. O disco de estreia, Frenching the Bully, tornou a banda uma das favoritas, mas, enquanto preparavam o segundo lançamento, Zapata foi brutalmente espancada, estuprada e estrangulada até falecer em julho de 1993. Luminares do grunge, como Nirvana e Pearl Jam, ajudaram a levantar milhares de dólares para contratar um investigador particular para procurar o assassino de Zapata, encontrado e condenado somente em 2003.

Como resultado, seus amigos lançaram a Home Alive, organização de autodefesa, e organizaram uma série de shows beneficentes e compilações de várias bandas. Colegas de Zapata em 7 Year Bitch  a homenagearam com o álbum !Viva Zapata! (1994). Enquanto Joan Jett sairia em turnê com The Gits sob o nome de Evil Stig ("Live Gits" ao contrário) para beneficiar a investigação do assassino.

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Kurt Cobain 

Kurt Cobain (Foto: Michel Linssen/Redferns)

 

O corpo de Kurt Cobain foi descoberto por um eletricista numa sexta-feira, 8 de abril de 1994. A resposta à pergunta feita pelos autores de Who Killed Kurt Cobain? é simples: Kurt Cobain se matou. Com violência repentina e auto infligida, o cantor deixou evidências escritas de seu estado de espírito. O conselheiro de abuso de substância de Kurt se lembrou da preocupação do músico com a perda de sua casa em um processo: “Pessoas suicidas tendem a querer fazer uma declaração”, disse Nial Stimson. “Talvez se matou em casa [como se dissesse], 'Você não vai tomar minha casa, não importa o quê…'” 

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Kristen Pfaff 

Kristen Pfaff (Foto: Erica Echenberg/Redferns)

 

Um dos presentes no memorial de Kurt Cobain em Seattle foi Kristen Pfaff, integrante da banda de Courtney Love, Hole, e ex-namorada do colega Eric Erlandson. Dois meses após a morte de Kurt, em 1994, Pfaff faleceu por overdose de heroína no banho em seu apartamento em Seattle. Assim como Jim Morrison, também tinha 27 anos, o terceiro integrante da comunidade musical de Seattle a morrer nessa idade no período de um ano.

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Randy "Stretch” Walker 

Randy "Stretch" Walker sentado no meio (Foto: Reprodução / Facebook) 

 

No auge da popularidade, o poder de Tupac Shakur conseguia tornar uma pessoa famosa simplesmente por existir em sua vizinhança. Talvez assim Randy “Stretch” Walker ganhou destaque, mas possuía muito talento bruto para ser destacado como outro parasita. Um produtor habilidoso e rapper forte pelos próprios méritos, Stretch era um convidado regular nos discos de estúdio do Pac depois de uma temporada com seu próprio grupo, Live Squad.

Seja atrás dos teclados de mixagem ou no microfone, Stretch exalava autenticidade gangsta original e vendeu discos durante os anos 90. Essa mesma realidade acabou tornando-o alvo de um assassinato em novembro de 1995, no Queens - menos de um ano antes do próprio Tupac ser morto a tiros.

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Jeremy Michael Ward 

Quando Jeremy Michael Ward foi encontrado morto por overdose de heroína em maio de 2003, demorou menos de um mês para o álbum de estreia de sua banda, The Mars, fosse lançado.

Apesar de De-Loused at the Comatorium ser o primeiro LP, foi um dos discos mais esperados do ano: os integrantes fundadores do At the Drive-In, Omar Rodriguez-Lopez e Cedric Bixler-Zavala, haviam dissolvido El Passo, grupo de pós-harcore em 2001, quando alcançaram a fama mainstream, abandonando o lugar como próximo Rage Against The Machine em favor de rumos diferentes.

Juntaram-se ao amigo de infância e colaborador de longa data. Ward, como “manipulador de som” da banda, foi capaz de realizar suas ideias esquisitas. De-Loused foi uma ópera de punk progressivo produzida por Rick-Rubin, mostrando a mente de um paciente em coma induzido por drogas, história semi-factual de seu amigo Julio Venegas, quem saltou para a morte de um viaduto de uma rodovia do Texas, EUA, em 1996.

Apesar do comportamento indisciplinado de Ward e o talento de vanguarda, ao se apresentar com a banda, sentou-se fora do palco, manipulando a música com um pedal elaborado e um pad Korg Kaoss. Após sua morte, a banda continuou a lançar álbuns, embora nenhum se igualasse ao sucesso do primeiro.

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Jonathan Brandis 

Jonathan Brandis (Foto: Warner Brothers/Kobal/REX Shutterstock)

 

O suicídio de Jonathan Brandis em 2003 é reflexo da queda muito frequente de ex-estrelas infantis. Brandis começou a atuar aos seis anos, com pequenos papéis em novelas e sitcoms antes de se formar em filmes como It: A Coisa, de Stephen King. Mas não foi até 1993, aos 17 anos, quando teve sua grande chance na popular série SeaQuest DSV. Tornou-se galã instantâneo, recebendo milhares de cartas de fãs e causando níveis de pandemônio público, se aproximando da Beatlemania.

A série foi cancelada em 1996 e Brandis lutou para manter a fama e carreira. Em 2002, foi definido para aparecer em Hart 's War, estrelando Bruce Willis e Colin Farrell - um filme visto como oportunidade de retorno - mas todas as suas cenas foram cortadas. Um ano depois, se enforcou em seu apartamento em Los Angeles e mais tarde faleceu no Hospital Cedars-Sinai. 

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Amy Winehouse 

Amy Winehouse (Foto: Matt Dunham/AP/REX Shutterstock)

 

Qual era o estado de espírito de Amy quando tomou seus últimos goles de vodka na sua casa de Londres em julho de 2011, é impossível saber. Ainda queria fazer algo na vida, mas parecia incapaz de agir. Apesar de ser notavelmente honesta e aberta em muitos aspectos, sempre foi cautelosa com sua vida íntima.

Observando Amy, há uma forte sensação de cansaço da carreira. Como Jimi Hendrix e Kurt Cobain, tornou-se prisioneira da imagem. E, como Janis Joplin, seu companheiro estava flagrantemente ausente no final da vida. O mesmo acontecia com outras pessoas de quem Amy dependia e, em muitos casos, estava exausta.

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Anton Yelchin 

Anton Yelchin (Foto: Getty Images)

 

Anton Yelchin trabalhou muito em seus 27 anos - de 2011 a 2015, apareceu em 18 filmes, não incluindo várias locuções - e ainda assim, não foi suficiente. Um ator sensível com uma queda por autores visionários como Jim Jarmusch, Drake Doremus e Jeremy Saulnier, seus melhores anos mal haviam começado quando morreu em um acidente estranho, preso contra um pilar por seu próprio carro.

Deixou para trás uma filmografia versátil e estrelar, saltando de sucessos de bilheteria (fez um animado Chekov no reboot de Star Trek) para homenagens de terror (foi a espinha dorsal do remake de Fright Night de 2011) para um romance em pequena escala (cortejou Felicity Jones em Like Crazy). Não há como dizer se ele poderia ter feito mais, mas, agora, podemos ser gratos por seus trabalhos. 

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Algumas histórias foram adaptadas do livro 27: A história do clube dos 27 através das vidas de Brian Jones, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison, Kurt Cobain e Amy Winehouse por Howard Sounes. Reproduzida por cortesia da Da Capo Press. 


+++ HAIKAISS: 'O TRAP TAMBÉM PASSA UMA MENSAGEM CONSCIENTE' | ENTREVISTA | ROLLING STONE BRASIL

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