O The Vaccines se apresentou no Grand Metrópole, em São Paulo - Rodrigo Lacal

Vaccines disputa espaço com a Virada, mas arremata público fiel

O grupo britânico fez show pago no centro de São Paulo, no sábado, 19

Paulo Terron Publicado em 19/05/2013, às 13h36 - Atualizado às 13h48

Foi uma opção arriscada: colocar o quarteto britânico The Vaccines para se apresentar no centro de São Paulo - em um show pago, disputando espaço com a gigantesca e gratuita Virada Cultural -, mas a fidelidade dos fãs do quarteto garantiu um show energético e curto no suntuoso Grand Metrópole, na noite do sábado, 19.

A banda iniciou a apresentação por volta das 23h20, com o single “No Hope”, do mais recente Come of Age (2012), que já havia sido executado na primeira passagem pelo Brasil, em abril do ano passado. Só que a situação agora era bem diferente. Com o disco já lançado, a plateia cantou cada palavra da letra, em uma recepção tão calorosa que levou o vocalista Justin Young a se manifestar, algumas músicas depois. “É bom voltar a São Paulo”, disse. “Eu tinha me esquecido de como vocês são barulhentos.”

No geral, não houve muita falação. O Vaccines tocou 21 faixas, sendo oito de Come of Age, 11 de What Did You Expect From the Vaccines (2011), mais o single “Tigerblood” e a ainda inédita – e bonita, ainda que de arranjo meio inseguro - “Melody Calling”. Entre poucos “obrigado” (em português) e muitas luzes (que junto com o palco alto do lugar e a empolgação dos fãs dava um clima de festa cinematográfica), a banda tocou por cerca de 65 minutos.

Em relação ao show de 2012, Young e companheiros mostraram ter adquirido mais segurança no palco. Interagem com mais facilidade entre eles e com o público. Além de vocalista, Young transita pelos papeis de guitarrista (a maior parte do tempo), violonista (em “Melody Calling”) e frontman indie desengonçado, quando abandona os instrumentos para apenas cantar. Em “Family Friend”, a última antes do bis, ele simplesmente jogou a guitarra no chão quando parou de tocá-la – e fez o mesmo com o microfone, antes de sair do palco, quando os outros integrantes ainda tocavam. O baterista Pete Robertson também ganhou um momento de destaque, quando faz um solo de bateria introduzindo “Wolfpack”.

“Vamos tocar uma que não tocamos normalmente”, disse Young ao retornar para o curto bis de três faixas, introduzindo “Weirdo” (que apesar de estar presente nos dois últimos shows da banda, não fazia parte do repertório regular da turnê nos últimos meses). Depois da brevíssima “Nørgaard”, o Vaccines se despediu por volta de 0h30.

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