Projeto de Pitty e do guitarrista Martin tocou cedo, mas contou com público fiel
Bruna Veloso Publicado em 29/03/2013, às 15h09 - Atualizado às 16h21
Há quem reclame de tocar no começo da tarde em um festival, já que as principais atrações quase sempre se apresentam à noite. Mas para o Agridoce, projeto da cantora Pitty e do guitarrista da banda principal dela, Martin, o horário foi perfeito. O som lo-fi combinou com o início do evento, e como Pitty já tem um público fiel, a plateia estava atenta – e em bom número, se levarmos em consideração o horário.
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O show começou pontualmente às 14h15, no palco Cidade Jardim. Como há pontos de acúmulo de lama pelo festival – e grama mais alta em determinados locais, diferentemente do ano passado –, muita gente formava grupos mais afastados do palco, para poupar os sapatos. Acompanhados por dois outros músicos (percussão e efeitos), Pitty, ao piano, e Martin, ao violão, começaram o show com “Upside Down”.
O clima que se seguiu foi quase sempre contemplativo. Para ajudar, no telão ao fundo do palco, um variado número de imagens era transmitido – de um coração pulsando em “Romeu” a uma stripper em “Dançando”, música de maior sucesso do primeiro e único disco do Agridoce.
A turnê com o projeto, inclusive, está chegando ao final. “Esse é um dos últimos shows”, disse Pitty. “É massa esse clima de despedida. E é diferente, porque estamos acostumados a fazer apresentações em teatros [com o Agridoce]." Martin também solta algumas palavras, e chamou a atenção para a interpretação em tempo real em libras, feita por uma mulher ao lado do palco. Os dois músicos pediram palmas para a iniciativa.
Os momentos de destaque do set list, que teve 12 músicas em uma hora, ficaram com a bem recebida “130 Anos”, o debochado “Beethoven Blues” e uma cover surpresa de “Across the Universe”, dos Beatles. Também foi feita uma ótima versão de “Lágrimas Pretas”, música composta por Lirinha que Pitty cantou no projeto 3namassa, de Dengue e Pupillo, do Nação Zumbi, e Gui Amabis.
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