A faixa creditada a Lennon/Plastic Ono Band foi criada em 26 de janeiro de 1970
Camilla Millan I @camillamillan Publicado em 26/01/2021, às 13h41
John Lennon deu uma prévia do futuro longe dos Beatles em janeiro de 1970, quando compôs “Instant Karma! (We All Shine On)”. Em apenas um dia, o cantor escreveu e gravou a música, que representaria a habilidade de composição individual de Lennon.
Na manhã do dia 26 de janeiro de 1970 (ou 27, dependendo da fonte), John Lennon se sentou ao piano e, usando acordes rudimentares, começou a tocar "Instant Karma! (We All Shine On)".
A epifania do músico aconteceu após ele e Yoko Ono voltarem de uma viagem de quase um mês à Dinamarca - período no qual o conceito de karma foi muito discutido por eles. Em cerca de uma hora ele terminou a música, que serve tanto de conselho quanto de aviso: "É melhor você ficar alerta, querida / Junte-se à raça humana".
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Por medo de esquecer a composição, Lennon tocou diversas vezes em casa, e resolveu gravá-la no mesmo dia. Em entrevista à Rolling Stone EUA em 1970, o músico disse: “Fui ao escritório e cantei várias vezes. Então eu disse: 'Caramba! Vamos lá', e reservamos o estúdio'”.
No período da tarde, o cantor já estava no icônico estúdio Abbey Road acompanhado por George Harrison, o tecladista Billy Preston, o baixista Klaus Voormann e Alan White (que se tornaria baterista do Yes). Após alguns ensaios, outro colaborador se juntou à gravação, como explicou Voormann à Rolling Stone EUA:
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“Chegou esse cara baixinho, andando de um lado para o outro, era Phil Spector [produtor que trabalhou no disco Let It Be],” disse o baixista. O produtor e amigo de Lennon se juntou à ideia de terminar a gravação em um dia - e assim aconteceu.
A forma que Lennon trabalhou em "Instant Karma!" serviu como uma prévia para a vida do músico afastado dos Beatles: com simplicidade e muito talento. Segundo Voormann, “havia uma simplicidade na forma com que ele fez a música, que não seria possível com os Beatles. Ele se sentiu mais livre que antes, e sempre teve vontade de externalizar as coisas o mais rápido possível. Ele achava que as vezes perdia esse sentimento.”
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