Jaroslaw Gowin pediu ao CEO da plataforma de streaming para que a produção seja retirada do catálogo e divulgou uma petição online no Twitter
Redação Publicado em 08/01/2020, às 12h05
Jaroslaw Gowin, vice-premiê polonês, pediu à Netflix para que o Especial de Natal do Porta dos Fundos seja retirado do catálogo da plataforma.
O apelo de Gowin, direcionado ao fundador e CEO da empresa, foi publicado no Twitter com o link de uma petição online anexado. Veja abaixo:
Reed Hastings: Żądamy, by Netflix usunął bluźnierczy film ze swojej platformy! - Podpisz: https://t.co/mAoyYgw2PM
— Jarosław Gowin (@Jaroslaw_Gowin) January 5, 2020
"Reed Hastings: exigimos que a Netflix remova o filme blasfemo de sua plataforma", tuitou o político conservador.
O abaixo-assinado, até o fechamento desta nota, reunia cerca de 1,4 milhão de assinaturas.
Na descrição da petição, os peticionários enfatizam que "os humoristas brasileiros querem atacar, humilhar e difamar os cristãos e a religião".
"Todo ano, o grupo de 'comédia' brasileiro Porta dos Fundos produz um filme de Natal para atacar cristãos e o cristianismo. Essas produções tem um só fim - a blasfêmia. Claro que o alvo desta blasfêmia é somente uma religião - o cristianismo."
"Sem dúvida, eles estão trabalhando para expandir os limites da tolerância pública à blasfêmia e à zombaria da religião", escrevem.
Os autores do abaixo-assinado ainda afirmam que a mensagem do filme tem como consequência o "anestesiamento das consciências e a preparação da total aceitação social para uma perseguição ainda mais sangrenta dos cristãos em todo o mundo".
Além disso, escrevem que a sátira do Porta dos Fundos é um "escândalo inimaginável", por "retratar Jesus Cristo como homossexual, apóstolos como alcoólatras e a Virgem Maria como uma mulher promíscua".
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A Primeira Tentação de Cristo foi lançada pela Netflix no dia 3 de dezembro e desde então tem sido alvo de polêmicas. Deputados conservadores brasileiros também se posicionaram contra a produção, representantes evangélicos pediram indenização por dano moral coletivo no valor de R$ 1 milhão e na véspera de Natal, a sede da produtora responsável pelo canal Porta dos Fundos foi atacada por bombas caseiras incendiárias. O evento gerou repercussão internacional. Veja mais sobre o caso aqui.
Enquanto a conteúdos presentes na plataforma de streaming, não é a primeira vez que figuras políticas polonesas mostram descontetamento. O primeiro-ministro do país, Morawiecki, se queixou sobre a série The Devil Next Door, que narra a história de John Demjanjuk, acusado de crimes de guerra durante o regime nazista.
Segundo ele, a série possui "imprecisões históricas" ao mostrar "campos de concentração nazistas dentro das fronteiras da Polônia moderna".
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