Lendário fundador dos coletivos Parliament e Funkadelic apresentou clássicos setentistas com a P-Funk All Stars
Patrícia Colombo Publicado em 19/05/2013, às 15h24 - Atualizado em 20/05/2013, às 16h27
Com mais de 15 pessoas no palco, entre músicos e cantores da P-Funk All Stars, George Clinton seguiu a tradição de fazer shows altamente divertidos, dançantes e com excelência musical sustentados por hits dos lendários coletivos Parliament e Funkadelic, que fundou nos anos 70 e que o fizeram entrar para a história. Obedecendo a pontualidade do cronograma na praça Júlio Prestes, às 3h da madrugada deste domingo, 19, a apresentação teve início, seguindo por pouco mais de uma hora e meia de vocais suingados, metais marcantes e guitarras funkeadas.
Aos 72 anos e elegantemente trajando um terno bege, Clinton abandonou há tempos os tufos coloridos de cabelo e os dreadlocks que costumava ostentar no passado, mas a irreverência de sua personalidade certamente ainda segue com ele. Em quatro ou cinco momentos durante a noite, por exemplo, ele se direcionou à beira do palco e pediu cigarros de maconha à plateia, tendo sido atendido prontamente em todas as vezes. Agitava o público ao longo das faixas (permitindo até que uma das fãs gritasse no microfone no final do show), interagia com seus músicos e backing vocals, tirava uma onda do excêntrico Sir Nose D'Voidoffunk (um dos personagens fictícios criado dentro dos conceitos cheios de imaginação do Parliament-Funkadelic), que saía dançando pelo espaço. Tudo em um clima de grande festa mesmo, em uma desordem animada.
Musicalmente, um desfile de clássicos do soul psicodélico e do funk. Além de contar com a neta de Clinton, Shona, versando em determinado momento, o setlist teve, entre outras faixas, “P.Funk (Wants to Get Funked Up)” e “Give Up the Funk (Tear the Roof of the Sucker)”, “Flash Light”, "(Not Just) Knee Deep" (faixa conhecida também por ter sido sampleada pelo De La Soul no hit de 1989 "Me Myself and I"), uma bela interpretação da instrumental “Maggot Brain”, do álbum homônimo do Funkadelic lançado em 1971 (responsável por ter colocado o guitarrista Eddie Hazel, morto em 1992, no mapa da música) e um cover de “Crazy”, do Gnarls Barkley. ”Atomic Dog”, do álbum solo de George Clinton, Computer Games (1982), encerrou a apresentação com seu clássico “bow-wow-wow-yippie-yo-yippie-yea” (não, não foi o Snoop Dogg que inventou a famosa frase).
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