O público do palco Líbero Badaró cantou a plenos pulmões e dançou sem parar ao som dos maiores sucessos de um dos mais marcantes artistas dos anos 1970 e 1980
Guilherme Bryan Publicado em 18/05/2014, às 03h25 - Atualizado às 13h20
Parecia difícil a missão de tocar entre dois novos e importantes nomes da nova música popular brasileira – o capixaba Silva e o paulistano Marcelo Jeneci. Mas um artista com tantos sucessos como Guilherme Arantes não se fez de rogado e colocou todo mundo para berrar e dançar no palco Líbero Badaró, deixando o público completamente entorpecido e aquecido nesse que pode ser denominado o palco da irmandade e da fraternidade da Virada Cultural, tais são a alegria e a harmonia esbanjadas pelo público.
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De calça jeans, camiseta preta e um medalhão dependurado no pescoço, o cantor, compositor e tecladista paulistano, acompanhado por duas backing vocals, um contrabaixista, um baterista e dois guitarristas, incluindo o sempre incrível Luis Sérgio Carlini, começou o show de modo bastante ousado – cantou três canções de seu mais recente álbum, Condição Humana (2013): a faixa-título, “Moldura do Quadro Roubado” e “Onde Andava Você”. Do disco, ainda mostrou, no meio da apresentação, “Olhar Estrangeiro”, folk inspirado nos jovens paulistanos que perambulam pelo centro sem caminho algum.
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No mais, foi um festival de grandes hits românticos, como “Amanhã”, “Brincar de Viver” e “Pedacinhos”, e mais animados, caso da versão mais dançante de “Cuide-se Bem”, “O Melhor Vai Começar”, “Aprendendo a Jogar”, “Loucas Horas”, “Cheia de Charme” e as duas que já se tornaram comuns no final dos shows de Arantes – “Deixa Chover” e “Lindo Balão Azul”.
As surpresas ficaram por conta da sequência “Coisas do Brasil” e “Marina no Ar” (ambas parcerias com Nelson Motta) e a junção de “Coração Paulista” (faixa-título de álbum lançado em 1980, hoje considerado cult) com “Perdidos na Selva”, sucesso com a Gang 90 & As Absurdettes e Barão Vermelho.
Também surpreso ficou quem viu, entre os espectadores mais animados, Marcelo Jeneci, que foi chamado por Guilherme Arantes de amigo, discípulo e gênio, e ao qual coube dar continuidade à festa no palco da rua. E, se no início o desafio do veterano parecia grande, ele, de certo modo, passou essa responsabilidade para Jeneci.
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