Grupo da Zona Oeste paulistana voltou aos palcos depois de dez anos sem shows
Pedro Henrique Araújo Publicado em 18/05/2014, às 18h48 - Atualizado às 19h42
No mesmo espaço por onde passaram Ira!, Baby do Brasil, Vanessa da Mata e Pepeu Gomes, o RZO assumiu a responsabilidade de fazer o maior show de rap da Virada Cultural e cumpriu seu papel com maestria. Depois de um hiato de uma década sem apresentações, o grupo, um dos mais importantes de São Paulo, comandado por Sandrão, Helião e DJ Cia, voltou com gás e muito sangue nos olhos. O trio levou rap da melhor qualidade ao público, em sua maioria fã do gênero, que encheu o Palco Júlio Prestes, localizado bem perto da Cracolândia.
Sem a cantora Negra Li, a Rapaziada da Zona Oeste cantou vários clássicos dos mais de mais de 30 anos de história e quatro discos na bagagem. "Todos São Manos", "O Mensageiro", que teve a participação do excelente cantor Terra Preta, "Pirituba Parte II" e "Rolê na Vila" levantaram as milhares de pessoas que, sem nenhuma briga, curtiram o espetáculo sob o sol do meio-dia. Porém a canção que mais causou alvoroço foi "O Trem", um dos maiores hinos do rap brasileiro. O álbum homônimo foi lançado em 1997, mesmo ano do também modelar Sobrevivendo no Inferno, dos Racionais MC's. Ice Blue, inclusive, fez uma participação no show.
Houve espaço ainda para homenagens e discursos. Helião lembrou o início da trajetória, pediu paciência do público com os novos nomes do hip-hop e criticou a vigilância rigorosa nas redes sociais. "Graças a Deus não tinha internet quando a gente começou", afirmou. Glorificado com uma enorme bandeira colocada no palco, Sabotage foi lembrado também em muitas camisetas na plateia, no boné do DJ Cia e de Sandrão e em "Respeito é Pra Quem Tem", um de seus maiores sucessos.
Um show memorável, sólido e um passo importante para o rap nacional, que está cada vez mais se acostumando a se integrar com outros gêneros e estilos musicais sem soar menor ou ressabiado. É bom ver o RZO depois de Pepeu Gomes e antes de Luiz Melodia. E é bom ver uma celebração tão bonita para o rap e para a música brasileira. Que a boa energia da Júlio Prestes inspire Sandrão, Helião e DJ Cia a voltarem aos palcos com mais frequência.
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