Neste sábado, 29 de agosto, é comemorado o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica
Redação Publicado em 29/08/2020, às 10h00
Neste sábado, 29 de agosto, é comemorado o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica. Pensando nisso, listamos 6 títulos que apresentam narrativas de mulheres lésbicas: de relacionamentos amorosos e processo de autoconhecimento à luta contra o preconceito.
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Vale lembrar que, em obras audiovisuais, a retratação de mulheres lésbicas sempre foi complicada. Na maioria das vezes, produções reforçaram estereótipos, sexualizaram narrativas, e abordaram relações homoafetivas com fetichização - e isso acontece porque, em geral, os filmes são dirigidos por homens e as atrizes são heterossexuais.
Desse modo, buscamos encontrar e apresentar longas que fogem dessa visão fetichista, e com equipes de produção majoritariamente formada por mulheres. Confira a lista:
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Flores Raras é uma produção brasileira inspirada em Flores Raras e Banalíssimas – A História de Lota de M. Soares e Elizabeth Bishop, de Carmem L. Oliveira. O filme apresenta a relação entre a autodidata/paisagista Lota de Macedo Soares (Glória Pires), a poetisa norte-americana Elizabeth Bishop (interpretada pela australiana Miranda Otto), vencedora do Pulitzer, e Mary (Tracy Middendorf), primeira esposa de Lota na década de 1950. O filme está disponível no NOW.
Therese (Rooney Mara) e Carol (Cate Blanchett) vivem em Nova York na década de 1950 quando se conhecem enquanto Therese, que trabalha na seção de brinquedos em uma loja de departamentos, ajuda Carol a comprar um presente para a filha. Desanimadas e frustradas com a vida, as duas embarcam em uma viagem pelos Estados Unidos e, para viverem a paixão, precisam lutar contra a intolerância e preconceito.
Por conta das atuações impecáveis, Cate Blanchett e Rooney Mara foram indicadas nas categorias de Melhor Atriz e Melhor Atriz Coadjuvante, respectivamente, na edição do Oscar de 2016. O filme está disponível no Google Filmes.
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Rafiki é uma produção comandada e estrelada por mulheres. O drama apresenta a história de duas garotas quenianas, Kena (Samantha Mugatsia) e Ziki (Sheila Munyiva), que embora as famílias delas sejam rivais, se aproximam porque estão em busca de viver os sonhos. Ao se apaixonarem, precisam enfrentar os preconceitos da sociedade profundamente conservadora em que vivem.
O filme foi banido na Quênia, país de origem, mas fez muito sucesso no principal festival de cinema do mundo, o Cannes. Inclusive, de acordo com o Mulher no Cinema, a equipe teve muita dificuldade para exibir a produção no país natal, porque lá, as relações homossexuais ainda são consideradas crime. A produção está disponível no Telecine.
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O Mau Exemplo de Cameron Post (2018) aborda a sexualidade e a repressão, e critica o processo de 'cura gay' e os centros de conversão gay dos Estados Unidos. Com uma equipe formada majoritariamente por mulheres, o filme, baseado no livro de Emily M. Danforth, conta a história de Cameron (Chloë Grace Moretz), uma menina que é enviada para um 'centro de conversão' em 1993 após ser vista beijando uma garota.
Na clínica, onde ela seria 'transformada' em uma adolescente heterossexual, ela começa a descobrir mais sobre si, sobre a sexualidade e entra em um processo de autoconhecimento. A situação absurda vivida por Cameron, e por outros milhares de adolescentes dos Estados Unidos, provoca uma profunda reflexão no espectador. O filme está disponível no Telecine.
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Pariah apresenta Alike, uma adolescente de 17 anos que vive no Brooklyn, nos Estados Unidos, e enfrenta muitos problemas e questões pessoais por conta da baixa autoestima - e para assumir a sexualidade, precisa confrontar a família.
O drama aborda, com sensibilidade, as dores e o auxílio que mulheres lésbicas adolescentes buscam para si neste momento da vida. A produção está disponível no Looke.
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Elisa e Marcela conquistou o público pela sensibilidade da trama. Baseado em uma história real, o filme original da Netflix narra o amor de duas professores galegas no início do século XX. O casamento delas foi a única relação lésbica aprovada pela Igreja Católica, porque Elisa se disfarçou de homem. Com uma fotografia belíssima e um toque sensível, o longa é todo construído nas cores preto e branco. O filme está disponível na Netflix.
Assista ao trailer:
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