Em entrevista, Blake Anderson falou sobre música, empregos inusitados e a terceira temporada da série do Comedy Central
Luísa Jubilut Publicado em 23/04/2014, às 17h19 - Atualizado às 19h30
Quando se pensa em uma série ambientada em um escritório, com trabalhadores que se comportam de maneira inapropriada enquanto tentam burlar o tédio, o primeiro nome que vem à cabeça é The Office, criada em 2001 por Ricky Gervais. Mas Blake Anderson, um dos criadores e protagonistas de Workaholics, outro programa que gira em torno de funcionários desajustados, garante que o ambiente de trabalho é a única coisa que as duas séries têm em comum, já que a dele trata de “maconheiros malucos”.
Ao lado dos de Adam LeVine (A Escolha Perfeita, Modern Family) e Anders Holm (The Mindy Project), Anderson escreve e estrela a série, que se passa uma empresa de telemarketing. Para o ator, a identificação por parte do público é o que move o sucesso de Workaholics. “É o sentimento de trabalhar em um emprego que não condiz com a carreira dos seus sonhos, mas que paga o aluguel”, diz ele á Rolling Stone Brasil por telefone. A dinâmica entre os três “viciados em trabalho” da série – que têm os mesmos nomes do trio protagonista - não flui com naturalidade na tela por acaso. “Nós não somos atores que estão fingindo ser amigos, nós somos melhores amigos de verdade.”
Há 8 anos, eles se juntaram para formar o canal Mail Order Comedy no YouTube, que reunia esquetes, pequenas séries e clipes do hilário grupo deles de rap, batizado de The Wizards. Sobre o formato, que fez sucesso no Brasil sob o esquema profissional e sofisticado do Porta dos Fundos, Anderson diz sentir falta. “Havia muitas trupes na internet que faziam vídeos. Sinto que agora não mais”, diz ele, destacando que a maioria dos clipes de humor da atualidade são Vines – ou seja, tem a duração máxima de seis segundos. “Sinto falta da época em que crianças lutavam na internet. Mas talvez esse só seja eu sendo estranho.” Para o The Wizards, que chegou a tocar "Straight Outta Mordor" no The Tonight Show with Conan O'Brien, os planos são incertos. “Eles surgem aqui e ali. Eu não sei sobre voltar ao estúdio, mas estamos conversando sobre a possibilidade de fazer uma turnê ao vivo, que seria demais." As apresentações de Purple Smoke, como Anderson apelidou a possível turnê, teria direito a goblins, orcs, e efeitos especiais. Apesar da brincadeira, a afinidade com a música é real - ocasionalmente, faixas da trilha de Workaholics partem de sugestões do ator. “Eu tento me manter atualizado”, diz ele, que também é muito amigo de Earl Sweatshirt, do coletivo Odd Future. “Um dos primeiro discos que eu comprei foi The Predador, de Ice Cube”, revela.
Anderson já entregou pizza – “Era bem legal, porque você fica sentindo o cheiro de pizza, e às vezes, fica à toa o dia inteiro só ouvindo música” – trabalhou em um açougue - "Esse era nojento às vezes” – e, agora, se encontra no Comedy Central. “Basicamente, eles deixam a gente fazer o que a gente quiser”, diz ele. “Eles dão toques aqui e ali, mas na maioria das vezes deixam a gente correr pelo escritório como crianças selvagens.”
Sobre o tópico sempre polêmico "limite do humor", ele é categórico: “Você tem que estar pronto para ser punido, seja pelo governo, seja com um tapa na cara. Isso é o que me mantém nesse ramo, quando se trata de comédia. Eu não quero ter que ficar pensando em estranhos. É um risco, mas à medida que é engraçado e você está disposto a ir tão longe pela piada, vá em frente. Mas tudo tem consequência.”
A terceira temporada de Workaholics estreou nesta terça, 22, e pode ser assistida todas as terças, às 20h, no Comedy Central. “Foi a primeira vez que a gente fez 20 episódios”, lembra. “Nós encaramos outros riscos, fizemos coisas diferentes. Foi muito divertido.” Já a quinta temporada da sitcom começa a ser criada em maio. “Eu não tenho como dizer que caminho vamos tomar, mas garanto que será mais do mesmo: caras muito bêbados entrando em aventuras loucas.”
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