Em depoimento à CPI da Covid nesta quarta, 16, Witzel (ex-governador do Rio) também responsabilizou Bolsonaro pelas mortes na pandemia de Covid-19
Redação Publicado em 16/06/2021, às 15h44
Wilson Witzel, ex-governador do Rio, alegou que foi vítima de “perseguição política” após prender os assassinos da vereadora Marielle Franco. Em depoimento à CPI da Covid nesta quarta, 16, o político também atacou Jair Bolsonaro (sem partido) e responsabilizou o presidente pelas mortes na pandemia de Covid-19.
Segundo o O Globo, Witzel sofreu impeachment por corrupção na saúde, e aproveitou o depoimento para criticar o Ministério da Saúde e se defender das acusações que o levaram a sair do cargo de governador. Ainda, citou as investigações sobre a morte da vereadora Marielle Franco como a razão de sofrer perseguição por parte do governo federal:
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“Tudo começou porque mandei investigar sem parcialidade o caso Marielle. Quando foram presos os dois executores, a perseguição contra mim foi inexorável. A partir caso Marielle que o governo federal começou a retaliar. Nós tínhamos dificuldade de falar com os ministros e ser atendidos. Encontrei o ministro [Paulo] Guedes [responsável pela pasta da Economia]. Ele virou a cara e saiu correndo: "não posso falar com você",” disse Witzel.
No meio do depoimento, o senador Flávio Bolsonaro (Patriotas-RJ) interrompeu o ex-governador, que falou sobre ter sofrido perseguição, e sugeriu que a acusação era grave: “O que o depoente está dizendo aqui agora é que há um conluio de ministros do STJ para persegui-lo. Isso é muito grave.”
Depois, Witzel criticou o presidente Bolsonaro: “Como em um país o presidente não dialoga com o governador? O presidente deixou os governadores à mercê da desgraça que viria. O único responsável pelos 450 mil mortos tem nome, endereço e tem que ser responsabilizado aqui, no Tribunal Penal Internacional pelos atos que praticou.”
Durante depoimento, o ex-governador acusou o governo federal de construir narrativa para perseguir e responsabilizar governadores, incluindo Witzel, cuja gestão teve diversos problemas envolvendo a instalação de hospitais de campanha durante a pandemia.
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