O cineasta foi acusado de abusar sexualmente da filha adotiva quando ela tinha 7 anos
Redação Publicado em 26/03/2020, às 07h15
Em autobiografia publicada pela Arcade Publishing, Woody Allen abordou as alegações de abuso e discutiu a reação pública que ele enfrentou quando atores como Timothée Chalamet começaram a criticá-lo publicamente. O livro seria publicado por outra editora, mas a empresa cancelou o lançamento após funcionários protestarem.
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Após Woody Allen ter sido acusado de abusar da filha adotiva quando ela tinha 7 anos de idade, Timothée Chalamet foi um dos primeiros astros a apoiar o Time’s Up, um dos movimentos contra assédio.
O astro admitiu se arrepender de ter trabalhado com o diretor. Nas redes sociais, Chalamet explicou: “Estou aprendendo que um bom papel não é o único critério para aceitar um emprego - algo que se tornou muito mais claro para mim nos últimos meses, depois de testemunhar o nascimento de um movimento poderoso com a intenção de acabar com a injustiça, a desigualdade e acima de tudo, o silêncio”.
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O ator também divulgou que doaria o dinheiro arrecadado com o longa A Rainy Day in New York (no Brasil, Um Dia de Chuva em Nova York), dirigido por Allen: “Mas o que posso dizer é o seguinte: não quero lucrar com meu trabalho no filme e, para esse fim, doarei meu salário inteiro a três instituições de caridade: Time's Up, o Centro LGBT em Nova York e Rainn [Rede Nacional de Estupro, Abuso e Incesto].
No livro de 400 páginas intitulado Apropos Of Nothing, Woody Allen alegou que a decisão de Chalamet foi baseada na esperança de melhorar suas chances de vitória no Oscar. "Todos os astros dos protagonistas de Um Dia de Chuva em Nova York foram excelentes e foi um prazer trabalhar com eles", disse o cineasta sobre o longa.
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Allen continuou: “Timothée depois declarou publicamente que se arrependia de trabalhar comigo e estava dando o dinheiro para a caridade. No entanto, ele jurou à minha irmã que precisava fazer isso porque estava concorrendo ao Oscar de 'Call Me by Your Name', e ele e o agente sentiram que as chances seriam melhores se me denunciasse, e assim o fez”.
"De qualquer forma, não me arrependi de trabalhar com ele e não estou devolvendo meu dinheiro”, concluiu o cineasta.
O último filme do diretor, A Rainy Day in New York, teve a estreia cancelada nos Estados pela Amazon Studios, após as declarações de 2018. Contudo, o filme foi lançado em 2019 na Europa e o diretor ainda espera que ele chegue aos cinemas americanos.
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