O ministro da Saúde Marcelo Queiroga testou positivo para covid-19 e segue em quarentena em Nova York; a comitiva de Bolsonaro, contudo, chegou ao Brasil
Redação Publicado em 22/09/2021, às 10h18
O Ministério da Saúde informou na terça, 21, que o ministro Marcelo Queiroga foi diagnosticado com covid-19 e segue em quarentena em Nova York. Após a notícia, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou que todos da comitiva de Jair Bolsonaro (sem partido) também fiquem em quarentena — inclusive o presidente.
Segundo reportagem do O Globo, a Anvisa remeteu um ofício na madrugada de quarta, 22, à Casa Civil em que dá as orientações sanitárias para medidas protetivas em relação à covid-19. Entre as recomendações, está o isolamento social.
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Jair Bolsonaro discursou na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) na manhã de terça, 21, em meio a críticas por não ter se imunizado contra a covid-19. Ele é o único líder do G20 (grupo das maiores economias do mundo) a ter declarado publicamente que não foi vacinado.
Na terça, 21, mesmo dia do diagnóstico de Marcelo Queiroga, Jair Bolsonaro desmarcou a entrevista que daria à ONU News, site da organização, e antecipou o retorno ao Brasil. A comitiva do presidente desembarcou em Brasília na manhã desta quarta, 22.
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Segundo informações do G1, ao longo da viagem, Queiroga participou de diversos compromissos oficiais, como acompanhou encontro de Bolsonaro com o primeiro-ministro do Reino Unido Boris Johnson, também esteve na reunião do presidente com o presidente da Polônia Andrezj Duda, visitou o memorial de 11 de Setembro e outros.
Entre as recomendações da Anvisa à comitiva presidencial estão: desembarque no Brasil de forma a expor o mínimo possível ambientes e pessoas; isolamento de 14 dias após o último dia de contato com o caso confirmado de covid-19; cumprimento de isolamento na cidade de desembarque no Brasil, evitando novos deslocamentos até que tenham ultrapassado o período de transmissibilidade do vírus; e refazer os testes de Covid-10 no Brasil.
A viagem do presidente Jair Bolsonaro e sua comitiva a Nova York gerou diversas polêmicas e críticas internacionais. Após o grupo do chefe de Estado ser recebido por protesto depois de jantar, por exemplo, o ministro Marcelo Queiroga fez gestos obscenos aos manifestantes, e mostrou os dedos do meio.
O fato de Jair Bolsonaro não ter se imunizado contra a covid-19 também gerou diversas críticas, inclusive uma “bronca” dada pelo prefeito de Nova York, Bill de Blasio, em pronunciamento oficial.
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Por não ter comprovante de vacinação, Bolsonaro não pôde frequentar alguns ambientes fechados na cidade, como restaurantes. Para driblar a regra, o presidente comeu pizza na rua com a comitiva (inclusive Queiroga) e uma churrascaria fez um “puxadinho” para o chefe de Estado conseguir almoçar.
Além disso, Bolsonaro recebeu diversas críticas após o discurso na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) realizado na manhã de terça, 21 . O presidente distorceu dados e divulgou informações falsas sobre o desmatamento na Amazônia, o auxílio emergencial e outros temas.
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