O presidente Jair Bolsonaro decidiu, por ora, não entrar com pedido de impeachment contra o ministro do STF Luís Roberto Barroso
Redação Publicado em 25/08/2021, às 15h06
Jair Bolsonaro (sem partido) decidiu, por ora, não entrar no Senado com pedido de impeachment para o ministro do STF Luís Roberto Barroso, um dos principais desafetos do presidente da República.
Segundo informações do colunista Lauro Jardim, do O Globo, apesar de enviar o pedido de impedimento de Alexandre de Moraes na sexta, 20, Bolsonaro não cumprirá as ameaças feitas a Barroso, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Desde o pedido do TSE em incluir Bolsonaro na lista de investigados no inquérito das fake news, o presidente da República intensificou as críticas e ataques a Luís Roberto Barroso. Contudo, segundo noticiou o G1, o chefe de Estado foi aconselhado a não ir adiante com o pedido de impeachment para evitar que a crise entre poderes seja potencializada.
Após as ponderações de ministros como Ciro Nogueira (Casa Civil) e Flávia Arruda (Secretaria de Governo), Jair Bolsonaro informou a pessoas próximas a ele que havia desistido do pedido de impeachment.
Apesar de não ir adiante com o pedido, Bolsonaro ainda pode mudar de ideia. Um dos interlocutores do presidente informou ao Globo que a decisão corresponde ao atual momento, justamente para evitar o aumento da tensão entre poderes.
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O presidente é favorável a implementação do voto impresso, enquanto Barroso é contrário a mudança do sistema eleitoral. Após a intensificação das declarações de Bolsonaro alegando fraude nas urnas eletrônicas, o TSE conseguiu a inclusão do chefe do Executivo como investigado no inquérito das “fake news”.
O presidente já xingou o ministro Barroso em diversas entrevistas e declarações públicas, chamando- de "mentiroso", e "tapado". No dia 12 de agosto, Bolsonaro falou: "Pega muito mal um ministro do STF mentir, como o Barroso mentiu agora, quando ele disse que, como as votações são feitas em escolas, passariam três ou quatro semanas contando voto e as crianças não poderiam ficar um mês sem aula."
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