Segundo relatório da ONG Artigo 19, o presidente Jair Bolsonaro deu 1.682 declarações falsas ou enganosas em 2020
Redação Publicado em 29/07/2021, às 10h08
Um relatório da ONG internacional Artigo 19 apontou que Jair Bolsonaro (sem partido) deu 1.682 declarações falsas ou enganosas em 2020 — mais de quatro por dia. Segundo o O Globo, a organização não-governamental também apontou para a queda no nível de liberdade de expressão no Brasil e mundialmente.
Em uma escala de 0 a 100 que mede a liberdade de expressão, o Brasil conseguiu apenas 52 pontos, menor contagem desde quando a ONG começou a fazer o levantamento, em 2010. O Relatório Global de Expressão 2021, feito pela organização, analisa os dados de 161 países.
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Conforme o levantamento, as diversas declarações falsas do presidente Bolsonaro contribuíram para aumentar os casos de Covid-19 no país. A ONG ainda critica a falta de transparência em relação aos números da pandeia em algumas nações, como o Brasil.
Um trecho do relatório (via O Globo) afirma a problemática das informações falsas ou enganosas: “Em outros casos, a desinformação vem de indivíduos que ocupam posições relevantes — até mesmo chefes de governo, como Jair Bolsonaro — geralmente por meio de contas pessoais, em vez de oficiais, nas redes sociais. Esses indivíduos isolados podem ter um grande impacto na disseminação da desinformação.”
No levantamento da ONG Artigo 19, falas de Bolsonaro minimizando a Covid-19, como “gripezinha”, foram destacadas. Segundo o relatório, o presidente "promove discursos antivacinas e anti-isolamento, piorando as taxas de infecção e causando uma crise de informação com discursos altamente polarizados."
A ONG Repórteres Sem Fronteiras divulgou na quarta, 28, um relatório que apontou o número de ataques feitos por Jair Bolsonaro à imprensa no 1º semestre de 2021: 87. A quantidade de agressões representa um aumento de 74% em relação ao segundo semestre de 2020.
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No governo Bolsonaro, a ONG apontou que o total de agressões monitoradas por autoridades públicas do alto escalão foi de 331 — aumento de 5,4% relacionado aos últimos seis meses de 2020.
A família Bolsonaro foi a responsável por 293 (88%) do total de ataques: 84 do presidente, 85 realizados pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), 83 do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e 38 ataques feitos pelo senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ).
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