A Justiça do Rio determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Carlos Bolsonaro - e o vereador comentou no Twitter
Redação Publicado em 01/09/2021, às 10h17 - Atualizado às 10h19
A Justiça do Rio de Janeiro determinou na terça, 31, a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Carlos Bolsonaro (Republicanos) como parte da investigação sobre funcionários “fantasmas” no gabinete do parlamentar. Nesta quarta, 1º de setembro, o vereador do Rio reclamou da ação.
Segundo reportagem do Globo, Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), usou o Twitter para comentar sobre a medida determinada pela Justiça do Rio de Janeiro.
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Na publicação, o vereador afirmou: “Na falta de fatos novos, requentam os velhos que obviamente não chegaram a lugar nenhum e trocam a embalagem para empurrar adiante a narrativa. Aos perdedores, frustrados por não ser o que sempre foram, restou apenas manipular e mentir. É o que mais acusam e o que mais fazem!”
Na falta de fatos novos, requentam os velhos que obviamente não chegaram a lugar nenhum e trocam a embalagem para empurrar adiante a narrativa. Aos perdedores, frustrados por não ser o que sempre foram, restou apenas manipular e mentir. É o que mais acusam e o que mais fazem!
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) September 1, 2021
A Justiça do Rio de Janeiro determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do vereador do Rio Carlos Bolsonaro na terça, 31. Segundo declaração do Ministério Público do Rio (MP-RJ) ao Globo, há um inquérito que apura a contratação de supostos funcionários fantasmas e da prática de "rachadinha" no gabinete do vereador. A ação, segundo a reportagem, tramita em sigilo na 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Rio de Janeiro.
Carlos Bolsonaro empregou, no total, 17 pessoas com laços familiares no gabinete na Câmara do Rio, desde 2001 — e após uma investigação de dois anos, o Ministério Público afirma ter indícios de que os assessores do vereador não cumpriram os expedientes, e podem ser considerados funcionários “fantasmas”.
Ana Cristina Siqueira Valle, ex-esposa de Jair Bolsonaro e mãe de Renan, conhecido como “04”, é uma das suspeitas de ser “funcionária fantasma” do gabinete de Carlos Bolsonaro. Segundo relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), ela recebeu "depósitos de elevadas quantias de dinheiro em espécie em sua conta bancária" quando trabalhava no gabinete.
Incompatíveis com a renda de Valle, as movimentações financeiras e transferências atípicas são, para o Ministério Público, um possível indício de lavagem de dinheiro na conta da ex-esposa de Bolsonaro.
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