- Homem com seu telefone na Itália )Foto: Emanuele Cremaschi/Getty Images)

Governos usaram software para espionar jornalistas e opositores; entenda

Segundo consórcio de imprensa, ao menos 10 países usaram software Pegasus ilegalmente para coletar dados e espionar jornalistas e opositores

Redação Publicado em 19/07/2021, às 10h47

Pelo menos 10 governos foram acusador por consórcio de imprensa a usarem o software Pegasus para invadirem celulares de jornalistas, ativistas e opositores. Segundo a Folha de S. Paulo, 17 veículos de imprensa publicaram a investigação no domingo, 18 de julho.

O The Washington Post, Le Monde, Die Zeit e Haaretz foram alguns dos veículos que divulgaram a investigação acerca do uso do software de criação israelense. Através de um vazamento de uma lista de 50 mil números de telefone, o consórcio apurou que o uso do Pegasus é contínuo e generalizado.

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O software foi desenvolvido pela empresa israelense NSO Group, investigada pelo FBI por roubo de dados, e opera sem necessidade do usuário acessar links para ter dispositivos hackeados. Após invadir os aparelhos, o Pegasus consegue roubar dados, mensagens (mesmo criptografadas), fotos e acessar câmeras e microfones silenciosamente.

As identidades dos que tiveram dispositivos hackeados pelo software serão divulgadas aos poucos, segundo o The Guardian. Apesar de não ser possível afirmar quais são os clientes da empresa NSO, ao menos 10 países são apontados como participantes do esquema: Arábia Saudita, Azerbaijão, Bahrein, Cazaquistão, Emirados Árabes Unidos, Hungria, Índia, Marrocos, México e Ruanda.

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Pegasus e governo Bolsonaro

Conforme noticiado pelo UOL, o programa Pegasus está relacionado a uma crise no governo brasileiro que foi divulgada em maio de 2021. O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), teria tentado articular a compra do software.

A negociação, contudo, não envolveu órgãos com prerrogativa para utilizar esse tipo de conteúdo, como GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e a Abin (Agência Brasileira de Inteligência). Assim, a ação de Carlos extrapolaria a função dele enquanto vereador.

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