- Limpeza de ruas na Favela Vila Ipiranga, em Niterói (Luis Alvarenga/Getty Images)

Mortes por covid-19 caem 79% no Brasil; especialistas não descartam nova tendência de alta

Apesar dos números otimistas, a queda de mortes por covid-19 é menor que outros países recordistas em óbitos na pandemia

Redação Publicado em 03/09/2021, às 15h32

As mortes no Brasil por covid-19 caíram 79% no Brasil, mas a queda ao longo de 2021 é menor que em outros países que também enfrentaram momentos de pico da pandemia entre a população.

Segundo notícia da Folha de S. Paulo, o Brasil vê o número de vacinados no país aumentar (64% dos brasileiros tomaram ao menos uma dose), assim como o número de casos e mortes pela doença cair. Ao comparar com o pico da pandemia de 2021, em 12 de julho, a média móvel de mortes era 79% menor na segunda, 30, quando a análise foi feita.

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Contudo, alguns fatores fazem com que essa redução seja menor que a de outros países que também passaram por momentos de auge da pandemia. Uma grande parcela da população sem o esquema vacinal completo, a variante Delta e o relaxamento de medidas de restrição fazem com que a queda das mortes não seja tão acentuada — e especialistas acreditam que uma nova alta de casos ainda possa acontecer.

A Folha explicou que, entre os 15 países recordistas de mortes (em números absolutos ou proporcionais à população), o Brasil teve uma das menores quedas de óbitos por covid-19 no período analisado — entre o ponto mais alto da média móvel de mortes (12 de abril) e 140 dias depois, na segunda (30 de agosto).

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Foram analisados os números da pandemia de Brasil, Itália, Bélgica, Franca, Reino Unido, Israel, Eslováquia, Estados Unidos, Líbano, México, Portugal, Croácia, República Tcheca, Bósnia-Hezergovina e Alemanha.

A redução do Brasil foi expressiva, mas países como os Estados Unidos, Alemanha, Itália, Portugal, México e República Tcheca tiveram mais de 84% de queda nas mortes pela doença. Bélgica e Croácia foram os únicos com quedas menores nos óbitos quando é considerado o pico da pandemia neste ano e a média móvel registrada 140 dias depois — e parte disso se deve a uma nova onda de casos na Europa.

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Devido às novas variantes da covid-19 que surgem, especialistas não descartam uma nova onda de casos da doença no Brasil. As mutações do vírus, como a Delta, não são tão eficazes às vacinas, conforme lembrou a Folha.

Por isso, o Ministério da Saúde recomendou a da terceira dose da vacina em idosos que tenham completado o esquema de vacinação há pelo menos seis meses. Além disso, o intervalo de doses da Pfizer e Astrazeneca deve diminuir para ampliar o número de brasileiros imunizados.

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