Apesar dos números otimistas, a queda de mortes por covid-19 é menor que outros países recordistas em óbitos na pandemia
Redação Publicado em 03/09/2021, às 15h32
As mortes no Brasil por covid-19 caíram 79% no Brasil, mas a queda ao longo de 2021 é menor que em outros países que também enfrentaram momentos de pico da pandemia entre a população.
Segundo notícia da Folha de S. Paulo, o Brasil vê o número de vacinados no país aumentar (64% dos brasileiros tomaram ao menos uma dose), assim como o número de casos e mortes pela doença cair. Ao comparar com o pico da pandemia de 2021, em 12 de julho, a média móvel de mortes era 79% menor na segunda, 30, quando a análise foi feita.
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Contudo, alguns fatores fazem com que essa redução seja menor que a de outros países que também passaram por momentos de auge da pandemia. Uma grande parcela da população sem o esquema vacinal completo, a variante Delta e o relaxamento de medidas de restrição fazem com que a queda das mortes não seja tão acentuada — e especialistas acreditam que uma nova alta de casos ainda possa acontecer.
A Folha explicou que, entre os 15 países recordistas de mortes (em números absolutos ou proporcionais à população), o Brasil teve uma das menores quedas de óbitos por covid-19 no período analisado — entre o ponto mais alto da média móvel de mortes (12 de abril) e 140 dias depois, na segunda (30 de agosto).
Foram analisados os números da pandemia de Brasil, Itália, Bélgica, Franca, Reino Unido, Israel, Eslováquia, Estados Unidos, Líbano, México, Portugal, Croácia, República Tcheca, Bósnia-Hezergovina e Alemanha.
A redução do Brasil foi expressiva, mas países como os Estados Unidos, Alemanha, Itália, Portugal, México e República Tcheca tiveram mais de 84% de queda nas mortes pela doença. Bélgica e Croácia foram os únicos com quedas menores nos óbitos quando é considerado o pico da pandemia neste ano e a média móvel registrada 140 dias depois — e parte disso se deve a uma nova onda de casos na Europa.
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Devido às novas variantes da covid-19 que surgem, especialistas não descartam uma nova onda de casos da doença no Brasil. As mutações do vírus, como a Delta, não são tão eficazes às vacinas, conforme lembrou a Folha.
Por isso, o Ministério da Saúde recomendou a da terceira dose da vacina em idosos que tenham completado o esquema de vacinação há pelo menos seis meses. Além disso, o intervalo de doses da Pfizer e Astrazeneca deve diminuir para ampliar o número de brasileiros imunizados.
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