Em conversa com apoiadores, o presidente Bolsonaro comentou sobre inquérito aberto pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na segunda, 2
Redação Publicado em 03/08/2021, às 15h50 - Atualizado às 15h54
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) abriu um inquérito na segunda, 2 de agosto, para apurar acusações de fraudes eleitorais feitas por Jair Bolsonaro (sem partido). O presidente, contudo, afirmou que “não aceitará intimidações.”
Segundo informações do O Globo, em conversa com apoiadores nesta terça, 3, Bolsonaro disse que sua “briga” é especificamente com o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, e não com o restante da Corte eleitoral ou do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Não aceitarei intimidações. Vou continuar exercendo meu direito de cidadão, de liberdade de expressão, de criticar, de ouvir, e atender, acima de tudo, a vontade popular,” explicou o presidente.
Conforme divulgado pela Folha, as decisões tomadas pelo TSE na segunda, 2, pretendem “encurralar” Jair Bolsonaro em duas esferas: criminal (apuração de fake news) e eleitoral (a investigação do TSE pode deixar o presidente inelegível para as eleições de 2022).
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Diante das investigações, Bolsonaro também afirmou que Barroso está “cooptando” ministros do STF e TSE para “impor sua vontade”: “Presta um desserviço à nação brasileira. Cooptando gente de dentro do Supremo, querendo trazer para si, ou de dentro do TSE, como se fosse uma briga minha contra o TSE ou contra o Supremo. Não é contra o TSE nem contra o Supremo. É contra um ministro do Supremo, que é também presidente do Tribunal Superior Eleitoral, querendo impor a sua vontade.”
Bolsonaro disse ter uma “luta direta”, especificamente, com o presidente do TSE: “Se o ministro Barroso continuar sendo insensível, como parece que está sendo insensível, pelo processo contra mim. Se o povo assim o desejar, porque eu devo lealdade ao povo. Uma concentração na (Avenida) Paulista para darmos o último recado para aqueles que ousam açoitar a democracia.”
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O ataque de Bolsonaro ao presidente do TSE não é novidade. Desde que tratou com mais ênfase da defesa do voto impresso, o chefe de Estado critica a oposição de Barroso. Em junho, por exemplo, o chefe de Estado chamou o ministro de “dono da verdade”, e afirmou que Barroso "não sabe de nada".
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