Decisão de Reed Hastings de apoiar a candidatura de Kamala Harris provocou um pico de cancelamentos nos EUA
Aline Carlin Cordaro (@linecarlin) Publicado em 01/10/2024, às 14h41
A Netflix registrou um aumento na taxa de cancelamentos de assinaturas nos Estados Unidos após o CEO e cofundador da empresa, Reed Hastings, anunciar seu apoio à candidatura de Kamala Harris à presidência dos EUA. Além de seu apoio, Hastings fez uma doação de US$ 7 milhões para a campanha da candidata do Partido Democrata, o que gerou reações entre parte dos usuários da plataforma.
De acordo com a consultoria de análise de dados Antenna, a taxa de cancelamento da Netflix chegou a 2,8% em julho de 2024, o maior índice registrado desde fevereiro daquele ano. O aumento foi observado nos cinco dias após Hastings declarar seu apoio a Harris em uma postagem na rede social X (antigo Twitter). No dia 26 de julho, três dias após a declaração, a Netflix teve seu pior dia de cancelamentos do ano.
Reed Hastings, conhecido por seu histórico de doações ao Partido Democrata e por seu envolvimento em causas sociais, sempre manteve uma posição pública ativa em temas políticos e filantrópicos.
Após o anúncio, alguns eleitores conservadores, especialmente apoiadores do ex-presidente Donald Trump, começaram a incentivar o boicote à Netflix, com a hashtag #CancelNetflix nas redes sociais.
A Netflix e Reed Hastings não comentaram publicamente sobre o aumento de cancelamentos, que durou apenas alguns dias. No entanto, o impacto foi temporário e considerado menos severo em comparação a outras controvérsias enfrentadas pela empresa, como o caso envolvendo o filme francês Lindinhas em 2020, que também gerou boicotes.
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