Bombardeio do ISIS aconteceu na quinta, 26, no aeroporto de Kabul, capital do Afeganistão — país atualmente dominado pelo Talibã
Redação Publicado em 27/08/2021, às 09h31 - Atualizado às 09h33
Os ataques à bomba realizados nos arredores do aeroporto de Kabul, no Afeganistão, deixaram ao menos 73 mortos, incluindo 13 militares norte-americanos. Em pronunciamento na quinta, 26, o presidente dos Estados Unidos Joe Biden afirmou que o plano de retirada das tropas continua, e vai "caçar" os autores até o fim.
A organização jihadista islamista Estado Islâmico, também conhecida como ISIS (Islamic State of Iraq and Syria), assumiu responsabilidade pelo ataque. Conforme publicado pelo Independent, os integrantes do grupo usaram o aplicativo Telegram para afirmar a autoria, assim como compartilhar fotos posando com bandeira do ISIS, arma e colete suicida.
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Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, Joe Biden lamentou os ataques e as mortes na quinta, 26, e afirmou que a decisão de tirar as tropas do país foi correta, e evitará levar a óbito mais vidas norte-americanas. No entanto, o presidente afirmou que o atentado “não será esquecido”.
Em pronunciamento na Casa Branca, Biden disse: "Não vamos perdoar, não vamos esquecer. Vamos caçar vocês e fazê-los pagar (...) A missão para retirar os americanos e seus aliados do Afeganistão continua."
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O chefe do Comando Militar morte-americano, general Kenneth McKenzie, também fez um discurso na quinta, 26, em que prometeu vingança contra os ataques: “Estamos trabalhando muito duro para determinar a autoria, quem está associado a esse ataque covarde e preparados para agir contra eles. Estamos 24 horas por dia, 7 dias por semana em busca deles.”
As explosões acontecem em um momento que os EUA estão em retirada do Afeganistão e o Talibã assumiu o poder do país. O grupo deu a data limite de 31 de agosto para a retirada de norte-americanos e aliados.
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Por isso, os arredores do aeroporto em Kabul estão repleto de pessoas que querem sair do Afeganistão desde que o Talibã assumiu o poder, em 15 de agosto de 2021, pouco após os Estados Unidos iniciarem as retiradas das tropas.
Apesar dos ataques, Biden afirmou que o plano para retirada de norte-americanos e aliados continua, assim como a data limite estipulada: 31 de agosto. Mesmo com o conflito entre EUA e Talibã no país, a autoria dos ataques é do Estado Islâmico, também conhecido como ISIS.
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A filiada do Estado Islâmico no Afeganistão, conhecida como Isis-K, é considerada mais violenta e radical que o Talibã. Conforme o Independent, a organização relatou: o "mártir" se aproximou das tropas norte-americanas — as quais analisavam documentos de pessoas que tentavam sair do país em voos de evacuação — até atingir uma distância de cinco metros e, então, detonou o dispositivo explosivo.
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