Única mulher headliner do evento, a cantora fez uma apresentação instantaneamente lendária
Igor Brunaldi Publicado em 05/10/2019, às 23h59
Única mulher headliner dos sete dias de Rock in Rio 2019, a Pink se apresentou no Palco Mundo no fim da noite deste sábado, 5, com muita energia, acrobacias, hits e atitude. Muita, mas muita atitude mesmo.
Para anunciar a chegada dela, e para já dar o tom teatral e circense de todo o show, um homem de terno tocou, de forma desafinada e cômica, aquela famosa corneta que acompanha a vinheta do estúdio Fox.
Logo depois, a cantora já entrou amarrada em elásticos, ao som do hit “Party” e agarrada a uma gaiola branca, suspensa, balançando de um lado para o outro sob o palco.
A Pink é popstar. A Pink é rockstar. E ela pode ser o que quiser, porque essa apresentação demonstrou exatamente isso.
O espetáculo progride como se estivesse dentro de uma narrativa. E isso é transmitido com uma quantia impressionante de acrobacias, interlúdios, animação, solo de piano, e vários momentos nos quais coreografias se tornam protagonistas de tudo.
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E a estrela de cada um desses elementos mencionados, é sempre ela. A história e as conquistas dela. A evolução. Até falhas e imperfeições. Porque afinal de contas, todo mundo também erra.
Tudo, mas tudo isso mesmo, é executado com a precisão e a maestria vistas em algo como um espetáculo do Cirque du Soleil. E todo o louvor usado para descrever o que é essa performance, nunca vai ser o suficiente.
A partir desse leque gigante de artifícios e detalhes, que incluem também a cenografia, montagem de palco, figurino e trabalho de luz, o público é levado por uma jornada emocional e também pessoal, apesar das dramatizações essenciais a qualquer ato de expressão artística. A maravilha disso é singular.
O mais impressionante de tudo isso é que, apesar de sermos apresentados desde o início a uma personagem principal, no fim das contas, essa protagonista é tão real, que pode ser qualquer um dos presentes na plateia.
Toda auto-reflexão é também uma forma de gerar auto-reflexão no outro.
A Pink se enaltece. Ela mostra que pode voar (quase literalmente). E com isso, te faz questionar: por que você também não faz isso consigo mesmo? E se todo mundo pudesse voar?
E agora, para finalizar em um tom um pouco mais leve , um tanto reflexivo e bem-humorado (porque assim como errar, todo mundo precisa sorrir): até o vento sentiu necessidade de se sentir exaltado com esse show.
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