Confira detalhes de um dos assassinatos mais brutais do país, apresentados por Ilana Casoy - Reprodução/Darkside

Crimes: livro de Ilana Casoy abre os arquivos Richthofen

Confira detalhes de um dos assassinatos mais brutais do país, apresentados por Ilana Casoy

Redação Publicado em 22/07/2022, às 12h00

O livro apresenta o bruto homicídio realizado por uma jovem de classe média alta contra seus pais, o caso Richthofen comoveu o país e trouxe indignação para muitos que não entendem, até hoje, o porquê Suzane Richthofen cometeu tal ato.

Estudante de Direito, trilíngue e privilegiada, esses são três das características utilizada pela autora para compreendermos a impiedade e a monstruosidade existentes em Suzane para que ela, junto aos irmãos cravinhos - um namorado de Suzane e seu irmão -, matassem seus pais de uma maneira brutal e inesquecível.

Manfred Albert von Richthofen e Marísia von Richthofen, eram os pais de Suzane e Andreas. Marísia era considerada a pessoa mais extrovertida de toda a família, era psiquiatra e psicanalista de descendência portuguesa e libanesa. Manfred era engenheiro alemão naturalizado brasileiro, tinha bom humor, segundo amigos, e prezava pela educação dos filhos, tendo cerca de R$11 milhões em fortuna.

A obra descreve perfeitamente o comportamento dos três assassinos, além de conter depoimentos e técnicas de investigação da polícia, dos médicos-legistas e dos peritos, o livro conta os detalhes profundos e uma visão técnica e intima dos fatos, acompanhados por Ilana Casoy.

Com direito a fotos da reprodução simulada do crime, documentos do Ministério Público do Estado de São Paulo e mais de 230 páginas sobre o crime, as páginas prendem o leitor em uma história que comove o país até os dias de hoje. Ilana também possuía um caderno de anotações, no qual anotava os relatos e percepções sobre as investigações, todas presentes no livro.

O CRIME

A data era 31 de outubro de 2002, Brooklin, em São Paulo. De maneira fria e estritamente calculada, Suzane e os irmãos Cravinhos estavam prontos para agir brutalmente contra Manfred e Maraísa, que já estavam dormindo.

Um pouco depois de meia-noite, os irmãos, após vestirem blusas e meias-calças com o propósito de evitar deixar rastros que poderiam ser encontrados pela polícia, entraram no quarto do casal. Armados com barras de ferro, Daniel foi em direção de Manfred, e Cristian se preparava para atacar Maraísa. Com golpes na cabeça, o falecimento do pai de Suzane aconteceu na hora, já a mãe, ao ser atacada, acordou implorando para que ambos não matassem seus filhos, que, para ela, estavam a dormir em seus quartos.

De acordo com a reconstituição do crime, Suzane permaneceu no térreo, onde roubava dinheiro e joias. Após o crime, Suzane e Daniel foram para um motel, localizado na Zona Sudeste da capital paulista, no bairro do Ipiranga, enquanto Daniel foi deixado perto do apartamento em que morava com sua avó. Às 4h09, Daniel acionou a polícia afirmando estar em frente à casa de Suzane, e que suspeitava de um assalto na residência.

A partir das evidências na cena do crime, das reações frias e de comportamentos estranhos de Suzane, Alexandre Paulino Boto, o primeiro policial a chegar no local, descreveu o crime como “crime de amadores”. Suzane perguntou ao policial quais seriam os procedimentos adotados pela Polícia a partir dali, e em seguida o perguntou como estavam seus pais, Boto ao estranhar a postura da jovem, respondeu dizendo que ambos estavam bem, e de imediato Suzane retrucou espantada questionando: “como?”.

O JULGAMENTO

O julgamento de Suzane e dos irmãos Cravinhos estava marcado para ocorrer em 5 de junho de 2006, entretanto após a ausência dos advogados dos irmãos, que não compareceram ao júri pós alegação de falta de encontros com os cliente para melhor preparação de defesa. Os advogados de Suzane se retiraram do plenário, após discutirem com o juiz sobre uma o não comparecimento de uma testemunha. O julgamento então, foi remarcado para 17 de julho de 2006, e a sentença foi proferida apenas em 22 de julho, às 2h.

Após os cinco dias de julgamento, o 1º Tribunal do Júri de São Paulo condenou Suzane Richthofen e Daniel Cravinhos a 39 anos de prisão. Cristian Cravinhos foi condenado a 38 anos de reclusão, tendo a pena reduzida em um ano por confessar o crime.

Reprodução/Darkside

 

A AUTORA

Criminóloga e escritora, Ilana Casoy nasceu em 16 de fevereiro de 1960. Com formação em Administração na FGV (Faculdade Getúlio Vargas), a autora optou por estudar e se aprofundar em perfis psicológicos de criminosos, especialmente os de serial killers. No livro em questão, Ilana traz as histórias e arquivos dos casos Richthofen e Nardoni.


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