Rolling Stone Brasil
Busca
Facebook Rolling Stone BrasilTwitter Rolling Stone BrasilInstagram Rolling Stone BrasilSpotify Rolling Stone BrasilYoutube Rolling Stone BrasilTiktok Rolling Stone Brasil

6 PERGUNTAS - Herança de Sucesso

Redfoo, do LMFAO, fala sobre crescer no meio de artistas da gravadora Motown

Austin Scaggs Publicado em 09/03/2012, às 12h58

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
<b>ENTRE FAMOSOS </b> Redfoo (à esq.) cresceu entre lendas da música - divulgação
<b>ENTRE FAMOSOS </b> Redfoo (à esq.) cresceu entre lendas da música - divulgação

Apresentar-se ao lado de Madonna no intervalo do Super Bowl foi a realização de um sonho para o LMFAO, duo de dance-pop formado pelo rapper e produtor Redfoo (nome de batismo: Stefan Gordy) e pelo sobrinho dele, Sky Blu (Skyler Gordy). “Se Michael Jackson é a inspiração número 1 em tudo o que fazemos, Madonna é a número 2”, diz Redfoo, 36, filho do fundador da Motown Records, Berry Gordy Jr. O par explodiu com o mega-hit “Party Rock Anthem” – o segundo single mais vendido do ano, atrás apenas de “Rolling in the Deep”, de Adele – e manteve o ritmo com um segundo sucesso, “Sexy and I Know It”. “Nossa missão”, diz Redfoo, “é transformar o mundo em festa”.

O que passou pela sua cabeça quando Madonna andou de cavalinho nos seus ombros?

Não sei quantas pessoas havia no estádio, mas elas desapareceram. O que havia ali era eu e Madonna. No ensaio, ela disse: “Se você estivesse malhando mais, poderia me levantar com mais facilidade”. Os bíceps dela eram bem mais definidos que os meus. E ela: “Vê se vai pular corda”.

Quando você era criança, havia muitas estrelas frequentando a sua casa?

Sim, a casa do meu pai. Fui criado com minha mãe em Pacific Palisade, lar do SOS Malibu. Foi ela quem deu início ao departamento de vídeo da Motown – ela tocava sempre as mesmas partes, várias vezes, como um sample. Eu aprendia as músicas e os imitava.

Então você não teve um relacionamento muito contínuo com o seu pai?

Eu ia para lá nas férias, e morei com ele por um tempo. Quando você não vê muito o seu pai, valoriza cada palavra que ele diz. Ele me fez decorar [o poema] “If“, de Rudyard Kipling.

Você deve ter conhecido alguns ícones da Motown por meio dele, certo?

É. Via Smokey Robinson sempre. Jogávamos gamão, xadrez e tênis – aprendi muito do meu humor com ele. Encontrei o Run-DMC quando tinha 10 anos, na casa de Diana Ross. A primeira vez que me lembro de ter visto Michael Jackson foi na casa do meu pai, na pós-festa de 25 anos da Motown.

Caramba!

Pois é, eu preferi não ir à comemoração para ficar jogando videogame e atirando estrelas ninja em casa. Michael chegou e disse: “Hey, Stefan!” Encontrei com ele mais tarde, no [estúdio] Hitsville, em Detroit. Eu tinha um walkietalkie, e ele estava mais empolgado com aquilo do que eu. Eu tinha 10 anos, e pensava: “Tá certo, calma, é só um walkie-talkie!” Ele era todo nerd e doce e a pessoa mais gentil do mundo.

Quando começou a usar seu cabelo black power?

Não corto o afro desde 1995. Ouvi a letra de um rap [de Del the Funky Homosapien], “Let my hair grow like a plant” [“Deixe meu cabelo crescer como uma planta”], aí deixei que ele seguisse seu rumo. Assim que começou a crescer, garotas legais começaram a puxar papo comigo.

E o que seu pai acha do LMFAO?

Ele provavelmente é nosso maior fã. Não teria como ele estar mais orgulhoso – e isso me torna o cara mais feliz do mundo.