O talento e a pureza de um gênio silencioso
Começou a compor nos anos 20, fundou a Estação Primeira de Mangueira em 1928 e lá pelo final dos anos 30 já andava pelas bocas de cantores como Mário Reis, Francisco Alves e Silvio Caldas: curiosamente, Cartola (1908-1980) desapareceu do cenário musical por mais de 20 anos até ser redescoberto nos anos 60. Apesar de participar do clássico disco Fala Mangueira! (com Carlos Cachaça, Clementina de Jesus, Nelson Cavaquinho e Odete Amaral), lançado em 1968, só foi gravar seu primeiro álbum solo em 1974.
A partir daí, seus sambas poéticos e emocionados transcenderam os limites dos morros e invadiram os corações de artistas e público de todo o país. Em apenas quatro discos (o último é de 1979), Cartola gravou algumas das melhores músicas da história da MPB. "As Rosas Não Falam", "O Sol Nascerá", "O Mundo É Um Moinho" e "Acontece", entre outras maravilhas, tocaram no rádio e foram regravadas à exaustão por outros cantores, fazendo de Cartola uma unanimidade.
Era um homem simples, sem maneirismos ou afetações, retrato de um tempo em que talento era o que bastava para que um grande artista fosse reconhecido.
1. TOM JOBIM
O maestro soberano da Música Popular Brasileira
2. JOÃO GILBERTO
O revolucionário pai da bossa nova
3. CHICO BUARQUE
O poeta versátil da canção popular
4. CAETANO VELOSO
Um ser onipresente na música brasileira
5. JORGE BEN JOR
A estética revolucionária de um gênio autodidata
6. ROBERTO CARLOS
O artista que é a cara do Brasil
7. NOEL ROSA
Mito da boemia, ele morreu jovem demais
8. CARTOLA
9. TIM MAIA
Sem mudar os rumos da música, deixou marcas profundas
10. GILBERTO GIL
Sua carreira se confunde com a história de nossa cultura
Você conhece os outros 90 artistas nas páginas da edição 25 da RS Brasil, outubro de 2008