Pata de Elefante leva a música instrumental para o mainstream
Pata de Elefante é um trio de rock instrumental como muitos, mas tem pouco a ver com a grande maioria das bandas do estilo. Nos shows de Gustavo Telles (bateria), Gabriel Guedes e Daniel Mossmann (se revezam entre guitarra e baixo), o público se diverte tanto quanto os músicos, menos concentrados em longos solos, mais preocupados em divertir. "É o nosso diferencial", analisa Telles. "Sempre ouvimos grupos com vocal, nunca pensei em ter uma banda instrumental, por isso seguimos uma estrutura pop."
Pop ao ponto de ser dançante, levado por instrumentistas virtuosos, influenciado por Beatles, Hendrix, Cream, Dylan, Henri Mancini e Enio Morricone, o trabalho já rendeu dois discos, Pata de Elefante (2004) e o recente Um Olho no Fósforo, Outro na Fagulha. Outra fuga de clichês que acompanha o trio é o fato de ser gaúcho, mas transitar sem pudor pelo território nacional. Desde 2004, a banda, que é artista do selo Monstro, já fez mais de 400 apresentações pelo país, e é figurinha carimbada de festivais independentes. "Circulamos em um meio de música com vocal, mas somos muito bem recebidos", analisa Telles. "Desempenhamos um papel importante neste sentido."
O trio só não se apresentou este ano no festival texano South by Southwest pela falta de vistos de trabalho. "Mas tocar no exterior é a nossa meta", revela Telles. No presente, a banda marcou visitas a Uberlândia, São Paulo, Cuiabá e Goiânia para lançar Um Olho no Fósforo.... No roteiro, canções para mostrar que um bom som pode valer mais do que mil palavras.