Smashing Pumpkins retorna aos palcos e se prepara para tocar novamente no Brasil
Menos de 24 horas após o Smashing Pumpkins abrir sua turnê mundial, Billy Corgan está nos bastidores da House of Blues, em Cleveland, tomando decisões: ele aprova o vestido que a nova baixista Nicole Fiorentino usará no palco, repreende (gentilmente) um designer de produção por achar que os novos ventiladores do palco podem não ser seguros e finaliza o repertório. É sua primeira turnê desde o rompimento com o baterista Jimmy Chamberlin, o que fez de Corgan o único Pumpkin original remanescente.
"Sinto mais pressão que nunca", ele diz. "As pessoas me perguntam por que continuo e dizem que eu não tenho o direito. Tenho que provar que há uma razão para eu ter feito isso." No dia seguinte, conforme a hora do show se aproxima, o novo baterista, Mike Byrne, caminha pelos bastidores. "Estou com frio na barriga", conta o rapaz de 20 anos, que entrou no projeto após fazer um teste aberto ao público. Há apenas um ano, ele trabalhava em um McDonald's. "Foi ridículo contar ao meu chefe por que eu estava pedindo as contas", ele diz. Diferentemente da última turnê do Smashing Pumpkins - quando a banda com frequência fazia shows de mais de três horas - , esta será mais focada (a banda toca em São Paulo em 20 de novembro, no festival Planeta Terra).
Corgan abre o show com a nova e agressiva "Astral Planes", mas o set de duas horas está cheio de sucessos, como "Disarm" e "Tonight, Tonight". Ainda assim, o músico teme que nada irá satisfazer os fanáticos. "Metade daqueles palhaços prefeririam que eu tocasse o Siamese Dream inteiro", diz. "Eles empacaram em 1993."
Poucos minutos depois de sair do palco, Billy Corgan disseca o show. "Senti que poderíamos ter feito um set mais curto", diz, mastigando sua refeição tradicional pós-show, composta de frango grelhado e vegetais. " E ' 1979' não funcionou mesmo - devíamos tirá- la." Enquanto se preparam para partir do local, a baixista Nicole lembra Corgan sobre uma garota na primeira fila que p assou a noite inteira se oferecendo para ele. " Nunca trepei com uma garota de bandana", ele disse, no palco. Corgan ri ao lembrar: "Uma gostosa em Cleveland não é uma gostosa em Los Angeles".