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Adultos Mirins

Amadurecido e consolidado, mercado de música infantil é abraçado pela MPB

Por Marcus Preto Publicado em 08/01/2009, às 16h47

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"Saulinho" e "Veveta" se dedicam aos baixinhos - Mauricio Nahas
"Saulinho" e "Veveta" se dedicam aos baixinhos - Mauricio Nahas

"Eu faço xixi na cama, é difícil segurar/ Sonho que tô no vasinho e ele vem devagarinho/ É quentinho, é quentinho, é quentinho, é bem quentinho." Os versos saíram da cabeça de Ivete Sangalo e estão gravados em seu álbum mais recente, A Casa Amarela, composto em dupla com o cantor Saulo Fernandes e totalmente dedicado ao público infantil. A cantora não tem filhos, mas afirma que sempre quis fazer um trabalho para crianças, fãs fiéis de seu repertório "adulto". "Não tem criança que não sabia cantar 'A Festa' ou 'Carro Velho'", ela garante. "Não sei bem explicar o porquê, mas minha música sempre rolou bem para esse público. Eu sei como funciona o universo deles." E como funciona? Existe então um ingrediente indispensável para agradar os pequenos? "Sinceridade", Ivete garante. "Criança não é boba. Percebe na hora quem não está sendo honesto com ela."

O compositor paulista Paulo Tatit, que, junto da esposa, Sandra Peres, já lançou mais de duas dezenas de álbuns direcionados ao público infantil no projeto Palavra Cantada, relativiza a afirmação da cantora baiana. "Não basta ser sincero: precisa dizer alguma coisa que seja do interesse da criança. Uma história, uma brincadeira com rimas legais, um jogo que ela entenda e participe", enumera. Segundo Tatit, ser ou não sincero é uma questão íntima do artista com a música, e não tem nada a ver com a verdade do conteúdo verbal que ele está emitindo. Ou seja, se o artista cantar que é preciso tratar bem os animais - que é uma verdade aceita por todo mundo -, a informação precisa ser dita de uma forma interessante ou nenhuma criança irá prestar atenção.

Você lê esta matéria na íntegra na edição 28, janeiro/2009