Ainda Falante

Com quase 40 anos de carreira, banda Língua de Trapo concorre ao Grammy Latino

Paulo Cavalcanti

Publicado em 18/11/2016, às 11h42 - Atualizado em 20/11/2016, às 22h48
O Língua de Trapo em seu quartel-general, o Sesc Pompeia, em São Paulo. Sarrumor aparece ao centro, de óculos - Ricardo Ferreira
O Língua de Trapo em seu quartel-general, o Sesc Pompeia, em São Paulo. Sarrumor aparece ao centro, de óculos - Ricardo Ferreira

O língua de trapo, ícone paulistano da música com humor, se prepara para completar 40 anos de estrada em 2019. Enquanto isso não acontece, o grupo ainda celebra a boa recepção do álbum O Último CD da Terra e a indicação do trabalho ao Grammy Latino, cuja cerimônia será realizada este mês, no dia 17, em Las Vegas, nos Estados Unidos.

A banda concorrerá em três categorias: Melhor Álbum do Ano, Melhor Álbum Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa e Melhor Arte de Capa. Os músicos não poderão comparecer ao evento, mas estarão na torcida aqui no Brasil. Laert Sarrumor, o cantor e fundador, conta que O Último CD da Terra marca de forma positiva a discografia do Língua. “É a coroação de uma trajetória de 36 anos de batalhas”, diz. O show de lançamento no Sesc Pompeia, em São Paulo, em abril, foi um evento que reuniu um batalhão de convidados especiais, como os compositores Ayrton Mugnaini Jr. e Carlos Castelo Branco. Sarrumor espera repetir a dose. “Queremos levar a apresentação para diversas localidades. Na ocasião, contamos com o apoio financeiro e a estrutura do Sesc, que nos proporcionou a oportunidade de mostrar um espetáculo completo. Estamos batalhando para conseguir novos apoios e parceiros e, assim, viajar com esse show.”

Para o cantor, o Língua se mantém atual porque os fãs se renovam. “O público da banda agrega uma nova geração. São jovens ansiosos para assistir ao vivo àquilo que eles já conhecem por meio da internet ou dos discos. E tem também os fãs que curtem o Língua há mais tempo, sejam os mais velhos, que conheceram a banda ainda na primeira formação, ou uma geração intermediária, que começou a acompanhar o trabalho a partir da volta da banda, nos anos 1990”, diz.

Sobre as quase quatro décadas de carreira, Sarrumor se mostra entusiasmado: “No começo é convicção, depois vira persistência. A partir de um certo ponto, é teimosia mesmo”, brinca. “A gente acaba vencendo os momentos de desânimo e de cansaço com o gosto da vitória de ter chegado até aqui.”

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