Para Andrew Bird, é preciso mudar de espécie para aguentar o ritmo das turnês
Ao longo de 17 anos de estrada, o multi-instrumentista Andrew Bird acredita ter se transformado em uma espécie diferente – seja por meio do darwinismo, seja pela mutação genética, como com os personagens X-Men. “Quando se passa fazendo shows todas as noites, seu corpo começa a se adaptar. É como se nos tornássemos um animal diferente”, diz o músico, que, apesar do longo tempo de carreira, vem ao Brasil pela primeira vez neste mês, via crowdfunding. Serão três datas, no Rio (21 de fevereiro, no Teatro Oi Casagrande), Florianópolis (22, no Teatro Governador Pedro Ivo) e São Paulo (dia 23, Cine Joia). Bird, que lançou dois discos em 2012, Break It Yourself, de inéditas, e Hands of Glory, um álbum mais intimista, com covers, algumas novas e outras versões, diz estar chegando ao período de fim de turnê e planeja um show que vá desde as raízes dele, jazz, blues e bluegrass dos anos 20, até os trabalhos mais recentes de indie folk. “Depois de tanto tempo tocando, eu preciso voltar ao básico. Isso me lembra como a música deveria me fazer sentir e, só depois, estou hábil a compor de novo.”