Almir Sater e Renato Teixeira lançam primeiro disco juntos, AR
A parceria entre Almir Sater e Renato Teixeira nasceu na década de 1980 e, desde então, gerou frutos que colocaram a música brasileira de raiz em um patamar diferenciado. Apesar de tanta proximidade e mesmo parecendo se complementarem, eles nunca tinham gravado um disco juntos. Depois de ter sido adiado por tanto tempo, o projeto ganhou forma com a ajuda do produtor norte-americano Eric Silver, amigo de longa data de ambos e que ajudou a coordenar as gravações, realizadas no Brasil e em Nashville. AR joga luz no poder poético das letras dos dois, que trazem temas como amizade, vivências, encontros, solidariedade e religiosidade. No universo sensorial dos artistas, as melodias ressaltam a musicalidade das cordas e vocalizações agradáveis, que têm como referência a década de 1970. “Essa é a nossa formação. A nossa origem é esse som aí, que por sinal é um dos momentos mais criativos da música brasileira”, crava Teixeira. O disco foi feito para celebrar essa festejada amizade, bem como um estilo de vida simples, reforçado com a sonoridade folk, acústica e sem grandes invenções, mas bem tocada e mixada. Sater complementa afirmando que “é um som nosso, das nossas influências. O Renato foi muito generoso, cantou bonito. Porque a preocupação era fazer um disco bonito, que celebrasse a nossa parceria e preservasse a delicadeza”. O trabalho, que começou a ser gestado há cinco anos, é composto de dez canções, sendo só uma delas não inédita, “Espelho d’Água”. Uma das metas era evitar que ele se parecesse com um disco só do paulista Teixeira ou só do mato-grossense Sater: ele é, antes de tudo, uma soma do trabalho dos dois. “O Almir gosta do disco pela sonoridade, pela beleza, e eu penso que o álbum pode ser um sinal de que um novo tempo vai começar a acontecer no Brasil”, conclui Renato.