Antropofagia Pessoal
Gui Boratto prepara novo álbum de inéditas sem preocupação comercial
LUCIANA RABASSALLO
Gui Boratto, um dos nomes de maior destaque da música eletrônica brasileira nos últimos anos, tem uma visão muito peculiar a respeito do novo disco dele, o quarto álbum da carreira, que chegará às lojas em outubro. “O Abaporu mostra a deglutição da minha própria obra e das minhas referências”, filosofa. “Muitos artistas, assim como eu, trabalham em uma espécie de círculo. Por isso, este álbum está muito próximo do meu primeiro, Chromophobia [2007], marcando um ciclo de sete anos.”
Para o paulistano, que teve em 2008 bastante sucesso com o single “Beautiful Life”, êxito comercial não é uma meta. “Não lanço um disco pensando em uma forma de agradar ao mercado”, afirma ele. O novo trabalho, aliás, foi grandemente influenciado por um período mais caseiro da vida de Boratto. “Passei bastante tempo em casa, com a minha família, e dei um tempo na agenda de apresentações˜, revela. “Essa decisão influenciou no processo de criação do disco.”