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Arquivo RS: Estrela Relutante

Neste mês, Winona Ryder completa 40 anos. Em 1994, na época de sua segunda capa de Rolling Stone EUA, ela ainda tinha dúvidas se valia ou não a pena entrar para o primeiro escalão de atrizes de Hollywood

Jeff Gilles Publicado em 18/10/2011, às 15h23 - Atualizado em 25/11/2011, às 12h29

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Em 1994, na época de sua segunda capa de Rolling Stone EUA, ela ainda tinha dúvidas se valia ou não a pena entrar para o primeiro escalão de atrizes de Hollywood
Em 1994, na época de sua segunda capa de Rolling Stone EUA, ela ainda tinha dúvidas se valia ou não a pena entrar para o primeiro escalão de atrizes de Hollywood

Winona Ryder acha que ler seus diários para mim é uma péssima ideia. Imploro para ela. Conversamos sobre isso. Digo que ela estaria dando um presente aos leitores – algo puro, diretamente da fonte. Ela me diz que desenterrar aqueles cadernos em espiral seria “a coisa mais brega do mundo”. Mesmo assim, ela pensa no assunto. Durante semanas, não diz sim nem não. Em vez disso, recebo a mensagem que de vez em quando aparece naquelas velhas bolas mágicas de adivinhação: RESPOSTA CONFUSA, TENTE NOVAMENTE.

Na véspera do Ano-Novo, Winona liga de seu apartamento em Nova York, e desta vez, incrivelmente, a bola diz OS SINAIS APONTAM PARA O SIM. A atriz de 22 anos mora em um prédio lindo e imponente em Manhattan – um transatlântico que se destaca em um bairro cinza e deprimente. À noite, Kevin Haley, amigo de Winona, e o namorado dela, Dave Pirner, vocalista do Soul Asylum, estão no andar de baixo fazendo o jantar. A atriz está no quarto, bebendo chá com mel. É uma amiga entre amigos, uma pessoa caseira em casa. E há uma pilha de diários em sua cama. “Nem consigo entender minha letra”, diz. Mas Winona lê um trecho, do Dia da Mentira em 1993, que escreveu quando estava em Portugal, filmando A Casa dos Espíritos (The House of the Spirits). Na época, estava chegando ao final de relacionamentos duradouros com a insônia (cinco anos) e Johnny Depp (quatro). Portanto, a primeira frase é: “Lisboa. Credo. Esquisitice”. “Não acredito que fiz isso”, diz ela, rindo, 15 minutos depois. “Não acredito que li meus diários para você. É tão cafona. Você vai fazer a festa comigo? Vai me destruir?”

Winona tem 1,64 m de altura e pesa 47 kg. Com um corpete, sua cintura mede 43 cm. Martin Scorsese, que a dirigiu em seu papel de destaque em A Época da Inocência (The Age of Innocence, 1993), refere-se a ela como “uma pessoa daquela estatura”. Janeane Garofalo, que interpreta sua colega de quarto na comédia Caindo na Real (Reality Bites, 1994), diz o seguinte: “Ela parece um bibelô para colocar na mesa de centro”.

Winona é encantadora em cada aspecto de sua vida. Mas sua primeira impressão sobre Winona é a de que ela é adorável e pequena. O tamanho dela a faz se sentir vulnerável – na rua, anda com uma postura curvada e defensiva –, mas ela faz piada sobre isso. Uma tarde, andando descalça pelo vasto lobby de seu prédio, ela se vira para mim e diz: “Todas as modelos famosas vivem aqui. Eu me sinto uma aberração anã”.

A entrevista número 1 ocorre em um dia nublado e cinza pouco antes do Natal. Winona acabou de voltar da missa para Polly Klaas, a menina de 12 anos que foi sequestrada em Petaluma, Califórnia (onde Winona cresceu) e encontrada morta dois meses depois. A atriz chega ao restaurante e se despede de Pirner com um beijo na rua. Ela se senta em um canto e tira seu “chapéu Holden Caufield”: um capuz de caçador xadrez com protetores de orelha forradas de pele. O cabelo é incrivelmente curto. “Minha mãe cortou”, conta. “Não era minha cor natural e ela falou: ‘Ai, querida, permita-me’. Agora, minhas orelhas estão congelando.” Faz um gesto para o chapéu. “Então, preciso de protetores.”

Winona parece relaxada e à vontade, mas, assim que ligo o gravador, ela o encara como se estivesse olhando para o farol de um carro vindo em sua direção. Por um tempo, ela fica cada vez menor, ameaçando desaparecer. “Fico nervosa”, diz, “e perco as palavras”. Pede um chá de ervas e canja de galinha. Pergunto se ela se lembra da primeira vez que teve insônia. Olha para o gravador e arrisca.“Estava em Memphis filmando A Fera do Rock [Great Balls of Fire!, 1989]”, ela conta. “Tinha 16 anos, estava doente, então comecei a delirar e fazer a coisa mais esquisita. Peguei um monte de toranjas... Sabe quando você está doente e tem febre? E pega uma laranja e elas são reconfortantes porque são frias, então você as coloca no rosto? John Doe [vocalista da banda X] foi meu pai no filme e trouxe um monte de toranjas. Então, pus toranjas por todos os lados, em volta da cama. E só fiquei lá deitada e tentei dormir.”

Foi ideia de Doe? Winona ri. “Não, não, não, a ideia foi minha. Quer dizer, você fica entediada. Eu me lembro de entrar em pânico, e o relógio digital mostrava: 3h30! 4h40! 5h30! Fiquei acordada a noite inteira. Lembro – assim que ficou claro – que achei a coisa mais triste. Pensei que ia morrer ou algo do tipo. E a partir daquela noite... porque eu sabia que podia acontecer, aconteceu.” Semanas depois de ela falar sobre o assunto, relembro Winona sobre a história da toranja. “Ai, Deus”, resmunga. “Por que fui te contar aquela história? O que queria afirmar? Ei, talvez as toranjas tenham me dado insônia por cinco anos.”

Nas semanas seguintes, Winona ocasionalmente se esconde atrás da faceta de beija-flor nervoso. Isso precisa de uma explicação. Com Atração Mortal (Heathers, 1988) Winona entrou no sistema circulatório de sua geração. A vida na adolescência era distorcida, e ela, mais do que qualquer outro ator ou atriz, entendeu a piada. Desde Atração Mortal, filmes como A Época da Inocência – e até o ultrapassado Drácula de Bram Stoker (1992), de Francis Ford Coppola – fizeram de Winona algo mais do que a decana da Geração X. Fizeram dela uma estrela de cinema. Bem Stiller, que trabalhou com ela em Caindo na Real, diz: “É engraçado – as garotas realmente gostam dela, e os rapazes também. Todo cara com quem já conversei tem uma quedinha por ela”. Garofalo conta: “Notei que até crianças muito pequenas gostam dela”, acrescentando, “acho que a Winona é a garota do pôster de cada nerd, de cada fã de comédia e de cada colecionador de quadrinhos. E dos atletas também, sabe? Ela transcende”.

Winona já ganhou o Globo de Ouro de Atriz Coadjuvante por A Época da Inocência e também foi indicada ao Oscar pelo papel nesse filme. Boatos dizem que ela pode vir a ganhar até US$ 4 milhões por filme. A atriz ama histórias de época: em A Casa dos Espíritos, uma saga política que cobre quatro gerações, interpreta a desafiadora filha de um estadista latino-americano conservador (Jeremy Irons), e logo começará a trabalhar em uma nova adaptação de um dos livros preferidos de Polly Klaas, Adoráveis Mulheres (Little Women). Mas Winona não está dispensando seu público principal: no satírico Caindo na Real, faz uma jovem cineasta e não empregável cujo par romântico jovem e não empregável (Ethan Hawke) ameaça transformar o apartamento dela em uma “toca dos largados”. Ela conta: “Minha agente disse: ‘Acho que você vai gostar deste filme porque poderá usar jeans nele’”.

A única coisa que Winona parece não ter aprendido no caminho para o estrelato é mentir. Daí o beija-flor nervoso. Ela pensa muito. Se a insônia não existisse, Winona a poderia ter inventado. Uma noite, ela me liga com um tom duro na voz e despeja, a respeito de seus diários: “Se você só estiver fingindo gostar de mim e escrever uma matéria muito cruel, vou me odiar por ter te dado combustível”. Gaguejo garantias. Winona quer saber como vou usar os diários. Digo que simplesmente vou guardar em algum lugar. Ela ri: “Onde, no meio da matéria?”

Winona Laura Horowitz, seu nome de batismo, é produto de uma infância boêmia, contracultural. Os pais escreveram um livro acadêmico e feminista chamado Shaman, Woman, Mainline Lady, que os identificava como os diretores da “única biblioteca no mundo exclusivamente dedicada à literatura de drogas que alteram a mente”. Winona uma vez escreveu um texto em seu diário no qual brincou sobre seu “medo da maconha”. Os pais levavam os filhos para nadar nus em cataratas. Agora, ela fala sobre a nudez em filmes: “Simplesmente não faria isso. Não mesmo, não consigo”.

Hoje, o pai de Winona lida com livros relacionados aos anos 60 e a mãe tem uma minúscula produtora especializada em filmagens de partos. A atriz fala de lembranças da cidade de Petaluma, na Califórnia. Ela tem uma meio-irmã, Sunyata, de 25 anos, e um meio-irmão, Jubal, de 24, do casamento anterior da mãe, e também um irmão caçula, Yuri, de 17 anos, que recebeu o nome do primeiro astronauta russo no espaço. Em suas histórias, o clã parece doce, engraçado, infinitamente gentil. Toranjas claramente não deram insônia a Winona. Mais provavelmente, isso teve a ver com passar a adolescência em sets e quartos de hotel. Teve a ver com a saudade de Petaluma. “Por muito tempo, quase tive vergonha de ser atriz”, diz Winona. “Achava fútil. Ia ver uma banda com amigos da escola e as pessoas observavam cada movimento meu. Ficavam me julgando: ‘Olha os sapatos dela! Aposto que custaram US$ 400!’ Isso me afetou. Cresci sem dinheiro. Meus pais faziam o que amavam e não ganhavam muito. Éramos muitos filhos, vivíamos sem eletricidade, sem água corrente e sem aquecimento, exceto uma fornalha. Meus pais compensavam com uma quantidade incrível de amor e apoio, então não me arrependo de nada, mas o que quero dizer é que, quando as pessoas me olham como se eu fosse esta pessoa rica, mimada – e sou, mas nem sempre foi assim. Às vezes, as pessoas acham que nasci na tela e entrei no mundo. Então, conheço alguém e essa pessoa fala: ‘Ai, mil desculpas pelo meu carro, está muito sujo’. Quer dizer, tinha musgo e cogumelos crescendo em nosso carro – se é que tínhamos um carro. Eu sei muito bem como é estar na pobreza, e não é divertido, nem romântico, nem legal.”

No ano passado, Winona escreveu em um diário: “Sinto que é ok ser como sou. Tudo bem ser uma estrela de cinema. Tudo bem morar em uma bela casa”. Winona mora mesmo em uma bela casa, e consegue dormir – em uma cama, em um avião, em qualquer lugar. Certo domingo, estou sentado no lobby, esperando que consiga sair da cama. Logo ela vem deslizando pelo corredor. De camiseta listrada e macacão, tem a aparência acolhedora e desarrumada de alguém que acabou de acordar e não tem muita certeza de onde está. Pede desculpas pelo atraso. Pergunta ao concierge: “Alguma correspondência?” Ele responde: “Não, senhorita Ryder. Não há correspondência aos domingos”. Ela ri de si mesma: “Esqueci que era domingo”.

De volta ao apartamento, Winona me oferece uma visita tímida e informal. É um lugar amplo e moderno: teto alto branco, muita luz. Na sala de estar, há um piano de cauda e um violão recostado em um sofá. E também tem uma mancha de tinta no meio do tapete bege: na noite passada, Pirner estava escrevendo cartões de Natal. Em outros lugares: uma edição do Missing Children Report e um álbum de fotos de A Época da Inocência, no qual Scorsese escreveu: “Para Winona: Você se ‘tornou’ May Welland ao incorporar todo o encantamento, beleza e força que você já tem”. Ela está terminando de se mudar para este apartamento. Suas primeiras edições (Jane Austen, E.M. Forster) e cartas originais (Albert Einstein, Oscar Wilde) estão em Los Angeles. Separada de suas posses materiais, ela parece frustrada: “Queria ter mais coisas que mostram a personalidade”.

Winona revela sua personalidade em fases. Não é coincidência ter sido formidável como May Welland, que começa A Época da Inocência como uma noiva risonha e termina como uma esposa sagaz e teimosa. Depois de sairmos do apartamento, ficamos uma hora e meia percorrendo a loja Tower Books – ela só aceita sair quando prometo que iremos a outra livraria mais tarde – depois sentamos em um café iluminado e barulhento. A atriz está em sua melhor forma: engraçada, irascível, sem medo do gravador. Quero discutir o bobo e excessivamente sexuado Drácula. Hoje, eu a relembro de uma matéria da revista Premiere sobre a filmagem de Drácula. A história abria com Coppola a atiçando durante uma cena, gritando de trás da câmera: “Sua vadia! Sua maldita vadia!” O autor da matéria descreveu isso como “o empurrão que faltava para Winona”. Pergunto se foi mesmo e ela se torna sarcástica: “Ah, sim, foi realmente ótimo. Amo ser chamada de vadia e vagabunda. Para mim, é uma técnica boba e não funciona”. Faz uma pausa: “Eu nunca teria falado mal de Drácula naquela época. Felizmente, agora, não preciso ser a atriz favorita de Coppola para ter uma boa carreira. Agora sei que posso ter minha opinião e ainda assim ser respeitada, mas antes tinha medo, porque ele era tão intimidador que pensei que, se eu revidasse, as pessoas achariam que eu estava louca”.

Duas coisas deram a Winona a coragem de suas convicções e finalmente a fizeram perceber que é ok ser uma “maldita estrela de cinema”. A primeira, muito simplesmente, foi A Época da Inocência. Atração Mortal é sua melhor amiga, mas Época é o homem com quem ela quer se casar. “Foi a primeira vez que senti orgulho de mim mesma como atriz”, afirma.

Logo depois do ano-novo, Winona e eu temos um encontro agendado e ela pergunta se me importo de jantar em seu apartamento. Pergunto se alguém vai se juntar a nós e, contra todas as probabilidades, os sinais apontam para Pirner. É a hora mais corajosa da bola mágica – se você não pode ir a um bar sem um bêbado gritar seu nome, qualquer resquício de privacidade que exista triplica de valor. O que me lembra do que ela diz sobre Johnny Depp: não muito. Nunca faz um comentário indelicado sobre ele ou em off . Talvez para ajudar em sua busca infinita por ser graciosa, não lê matérias sobre Depp nem viu Benny & Joon – Corações em Conflito ou Gilbert Grape – Aprendiz de um Sonhador. Ela retruca: “O que quer que eu diga? Se o odiasse, provavelmente diria algo malvado. Se ainda estivesse apaixonada por ele, provavelmente diria algo tocante. Ele é um cara ótimo, mas realmente não penso mais em nossa relação”.

Pergunto a Winona sobre a vida de um casal de celebridades e ela é mais expansiva: “Odiávamos profundamente ser perseguidos. Prejudicou nossa relação. Todo dia ouvíamos que um estava traindo o outro ou que tínhamos terminado, quando não era isso. Era como um mosquito constante zumbindo à nossa volta”.

Agora ela quer proteger sua relação com Pirner da mídia o máximo possível. É discreta sobre o que chama de, simplesmente, “uma coisa boa que está evoluindo”. “Nosso relacionamento é diferente de qualquer outro que já tive”, afirma. “É mais como uma amizade, realmente”. Faz uma pausa, buscando palavras. “O que estou dizendo é que não é cheio de drama, o que é muito bom.”

Winona conheceu Pirner no show do Soul Asylum para o Acústico MTV. O casal inspirou um certo cinismo. A revista Spin deu a ela seu prêmio “Estou com a Banda”. Uma repórter da revista Sassy perguntou a alguns roqueiros alternativos se sairiam com ela, explicando: “Minha teoria é a de que os garotos montam bandas para ficar suficientemente famosos para atrair a Winona Ryder”. Pergunto à atriz se isso a aborrece. Ela sorri e cita o irmão, Yuri, que gosta de resmungar: “Ah, por que não podemos conviver bem?”

A verdade sobre Winona e Pirner: ambos cozinham e se revezam com a louça. São 21h e nós três estamos jantando salada verde, linguini com molho marinara e frango assado com batatas. Inicialmente, os dois parecem tão diferentes que se anulam. Ela bebe cerveja; ele, vinho. Ela quer saber se o molho da salada deve ser servido à parte; ele diz: “Ah, jogue ali”. Ela quer saber se deve cortar o frango; ele responde: “Ah, só tira uma perna”. Então, claro, há o fato de Winona não usar drogas e Pirner ter sido recentemente visto na Rolling Stone engolindo cogumelos no ônibus da turnê para escapar da polícia da fronteira canadense. Mas eles têm pontos em comum. Winona e Pirner são curiosos, gostam de ler e não estão acostumados a dormir à noite. Eles têm uma química doce e fácil. Quando um fala, o outro para, olha e escuta. Pirner parece maravilhado com a carreira dela, mas não se mostra invejoso. “Outro dia, eu a ouvi ao telefone dizendo a alguém que não entrou nessa por dinheiro”, conta. “Que absurdo ter de dizer isso quando atuar é tudo o que você queria fazer desde os 13 anos. Quer dizer, a única aspiração que eu tinha era entrar para uma banda de punk rock.” Pirner a protege e parece impressionado com o quão normal ela permanece. Durante a sobremesa, peço para Winona descrever seu apelo como atriz. Ela ri, olha para Pirner e pergunta: “Qual é meu apelo, Dave?” Ele tem uma resposta pronta: “Seu apelo é que você não sabe qual é seu apelo”.

Vou embora à meia-noite. Ela me acompanha até a porta – do lado de fora, anda defensivamente, mas em casa desliza como um disco de hóquei. Lembro algo que a atriz leu para mim de seu diário, algo que escreveu antes de se separar da insônia e de outras tristezas: “Como me sinto agora? Frágil, confusa, de coração partido, cansada”. E lembro que, depois de ler isso, ela me disse: “Se você publicar isso, vai escrever que é uma coisa velha e que não representa o que sou agora? Porque eu cresci muito”. Bom, algumas coisas nunca mudam: esta noite, a atriz só conseguirá dormir depois de muitas horas. Ainda assim, não será porque ela está frágil ou confusa, mas sim porque ela e seu amigo corujão estão juntos: lendo, assistindo a vídeos, talvez brincando com o violão. É um novo ano, e – por todos os motivos certos – Winona Ryder ficará acordada a noite toda.