Arctic Monkeys sai da zona de conforto para criar novo disco, Suck It and See
Em qualquer país que não seja a Inglaterra, o título do quarto álbum do Artic Monkeys, Suck It and See, pode soar ofensivo. Mas na terra da princesa Kate a expressão quer dizer algo como "pague para ver" - longe de qualquer conotação sexual. "Acho que dá para entender, né?", ri o baterista Matt Helders. "É algo que as pessoas usam quando querem dizer 'arrisque para ver o que acontece, talvez valha a pena'."
É uma boa representação do estado atual do quarteto: Helders, Nick O'Malley (baixo) e Jamie Cook (guitarra) ainda moram em Sheffield, enquanto o vocalista e guitarrista Alex Turner se estabeleceu em Londres, mas até 2010 estava em Nova York. "Foi intencionalmente diferente", explica o baterista sobre o processo de composição à distância. "O Alex escreveu à moda antiga, no violão. E aí fomos viajando para sessões de composição. Ainda funciona - lugares diferentes te dão perspectivas distintas."
Na hora de gravar, a banda optou por um ambiente mais agradável. "Fomos para Los Angeles, mas não por algum motivo em especial, as faixas já estavam prontas. É que sempre nos divertimos lá, é onde o sol está." O resultado da "equação arriscada, mas divertida" é um conjunto de canções que soa mais elaborado que os trabalhos anteriores. "Como já chegamos ao estúdio com tudo pronto, pudemos passar mais tempo experimentando com os arranjos", conta Helders. "Em relação a Humbug [de 2009], acho que estamos mais básicos. Tentamos fazer mais gravações ao vivo, só complementando detalhes depois, dobrando guitarras e gravando outros vocais." E ele aponta ao óbvio: "É claro que mudamos. Foram, sei lá, seis anos entre o primeiro disco e este. É uma evolução esperada, qualquer um que vai dos 19 aos 25 muda bastante. A diferença é estávamos fazendo música ao mesmo tempo."