Crepúsculo e True Blood injetam uma aura pop na mitologia dos vampiros e trazem sangue novo para as histórias
Bela Lugosi está morto. Christopher Lee não atua há décadas em filmes de terror. Ambos encarnaram Conde Drácula e definiram um arquétipo do mito do vampiro no cinema. Mas o personagem dantesco, de figura assustadora e simultaneamente sedutora, consagrado pelos dois atores e adotado por tantos outros ao longo dos últimos50 anos, recebe as primeiras pás de terra sobre sua tumba - a literatura e o cinema contemporâneos desenham novos traços para essa mesma mitologia.
Menos grotesco, hoje os contos vampirescos se misturam à vida real. A escritora norte-americana Stephenie Meyer inseriu um vampiro de aparentes 17 anos entre salas de aula e dramas típicos da adolescência como objeto de desejo de uma garota. Meyer transporta para um típico romance teen um dito "vegetariano" que sacia seus instintos com sangue de animais. Saem capas, dentões, castelos, estacas e alhos; entram questionamentos existenciais e uma atmosfera pop. O pesadelo dá lugar a um desejo de adequação. Lançado em 2005, o livro Twilight (Crepúsculo) e suas sequências - New Moon, Eclipse (sem contar o quarto, Breaking Dawn) - chegaram à casa dos 45 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo. Crepúsculo, no cinema, arrecadou mais de US$ 70 milhões nos primeiros três dias de exibição.
Você lê esta matéria na íntegra na edição 30, março/2009