Cantora canadense iniciou turnê brasileira nesta quarta, 27, com Credicard Hall cheio
Avril Lavigne, prestes a completar 27 anos, pode já estar distante de sua adolescência, mas ainda canta majoritariamente para aqueles que estão nesse período da vida. A cantora encheu o Credicard Hall, em São Paulo, nesta quarta, 27, em apresentação composta por novas canções e hits da década de 2000 que integram a The Black Star Tour.
Nos últimos dois dias, o grande dilema era se a cantora conseguiria de fato realizar chegar à capital paulista. Avril e sua equipe ficaram presos em um aeroporto na cidade de Buenos Aires, na Argentina, devido às cinzas do vulcão chileno Puyehue. A cantora estava mantendo seus fãs atualizados por meio de mensagens no Twitter desde a terça, 26. No final das contas, o grupo conseguiu embarcar, chegando ao país apenas quatro horas antes do início da apresentação. "É muito bom poder estar de volta ao Brasil", disse ela. "Devo dizer que quase não viemos. Ficamos nove horas presos no aeroporto, mas nossa equipe conseguiu se manter unida. Peço aplausos para eles."
A apresentação teve 45 minutos de atraso. Quando o cover de Avril para "Bad Reputation", de Joan Jett, foi tocado em versão de estúdio para a entrada dos integrantes da banda no palco, gritos e mais gritos dos fãs. A turma jovem da pista, aliás, se dividia entre os que seguravam suas câmeras digitais para filmar o show e os que tinham em mãos bastões luminosos (alguns com uma estrela na ponta como uma varinha de condão, outros não). A cantora deu as caras iniciando o show com "Black Star", faixa que abre seu mais recente álbum, Goodbye Lullaby, lançado neste ano. "What the Hell", vindo na sequência, tratou de empolgar a plateia já no começo do show.
Como dito acima, o repertório da The Black Star Tour é baseado nas canções do novo álbum, junto aos hits de anos atrás. É válido dizer que a popularidade de Avril é tamanha com a garotada que encheu o Credicard Hall que todas as faixas executadas durante a noite (sem exceção) foram acompanhadas em coro pelo público - das canções mais novas às mais antigas. A banda dela é formada por dois guitarristas, baixista, baterista e tecladista. A cantora, em alguns trechos, assume a guitarra, violão e piano, e mostra interação com seu grupo na maior parte do show. No figurino, uma camiseta com a estampa de seu próprio rosto, calça e coturno - e mais tarde um moletom. Brilho, em só seu microfone com strass.
A noite teve momentos agitados, com o punk rock pop de Avril mais acentuado em faixas como "Sk8ter boy" e "He Wasn't", e uma atmosfera mais suave e introspectiva ao som do piano em "Alice". "Vocês são incríveis", disse ela após a execução desta canção. Avril brincou e interagiu bastante com os fãs (em certo momento, desceu até a grade, deixou uma garota cantar um trecho de "Wish You Were Here" e tirou fotos), apesar de, às vezes, seu sorriso parecer um pouco forçado. "When You're Gone" veio em seguida, também sendo cantada pelo público. Em "Nobody's Home" (que já havia sido requisitada pela plateia), assumiu o violão. "Girlfriend", "Airplanes" (cover da faixa de B.o.B e Hayley Williams), "My Happy Ending", "Smile" e "I'm With You" também fizeram parte do set list.
Um dos pontos negativos na noite foi a execução apenas instrumental de "Unwanted" - a escolha foi boa para um respiro da cantora, mas não empolgou os fãs. O bis contou com "Keep Holding On", "Hot" e "Push", sendo encerrado, às 23h40, com "Complicated" (seu primeiro sucesso, lançado em 2002).
Avril Lavigne se apresenta novamente em São Paulo nesta quinta, 28, também no Credicard Hall. Depois, faz show no Rio de Janeiro, no Citibank Hall, no domingo, 31. A canadense toca ainda em Belo Horizonte, no Chevrolet Hall, em 2 de agosto, e Brasília, no Ginásio Nilson Nelson, no dia 4 do mesmo mês.