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Aos 20, francesa Adèle Exarchopoulos brilha em Azul É a Cor Mais Quente, drama sobre relação lésbica

Logan Hill | Tradução: J.M. Trevisan Publicado em 10/12/2013, às 06h33 - Atualizado em 08/01/2014, às 11h07

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OOH LA LA
Steven Spielberg está entre os fãs de Adèle - Divulgação
OOH LA LA Steven Spielberg está entre os fãs de Adèle - Divulgação

Sim, Azul é a cor mais Quente é um lindo filme francês sobre o primeiro amor, o despertar sexual e a obsessão. Mas o que você mais ouvirá falar a respeito será sobre a cena de sexo lésbico de cair o queixo, que tem duração de dez minutos e é protagonizada pela estrela principal do longa, a atriz francesa Adèle Exarchopoulos, 20 anos. “Cada um tem um porquê para ir ao cinema”, diz ela. “Se é só pelo sexo, você não precisa ver um filme de três horas. É mais fácil entrar no [site] YouPorn. O filme é sobre o amor.”

Embora Adèle tenha sido descoberta aos 12 anos por um diretor de casting em visita à escola em que ela estudava, Azul É a Cor Mais Quente (que estreou em 6 de dezembro no Brasil) deu à atriz o maior papel da carreira dela: uma adolescente chamada, não por coincidência, Adèle, que se descobre indiferente aos avanços do garoto mais bonito da escola, e encantada com os abraços de uma estudante de arte mais velha e de cabelo azul. Em maio, o diretor Abdellatif Kechiche e as duas atrizes, Adèle e Léa Seydoux, subiram juntos ao palco para receber a Palma de Ouro no Festival de Cannes.

Desde então, Azul É a Cor Mais Quente esteve envolvido em uma série de escândalos. Julie Maroh, autora da graphic novel na qual o filme se baseia, culpou a produção por não incluir nenhuma lésbica verdadeira no elenco. Para piorar, Adèle e Léa deram a entender em uma entrevista que o comportamento do diretor chegou à beira do abusivo, e detalharam o desconforto ao filmar a tal cena de sexo por dez dias seguidos. Desde então, a opinião de Adèle sofreu uma mudança de 180 graus. “Abdellatif não é um tirano, é um criador”, diz ela. “Por exemplo, Apocalypse Now é um dos filmes mais lindos. Às vezes você pode sofrer fazendo um filme.”

Independentemente de como as militantes da igualdade de gênero julgarem o longa, Adèle é uma revelação inquestionável, um sentimento deixado claro pelo presidente do júri do Festival de Cannes, Steven Spielberg, quando a encontrou na festa pós-cerimônia. “Ele disse que havia sido uma das mais belas histórias de amor que já havia assistido”, conta a atriz, com um sotaque pesado, “e que adorou os close-ups.”