Fulô de Mandacaru, vencedor da edição mais recente do reality SuperStar, planeja o futuro
De chapéu de cangaceiro na cabeça, lenço no pescoço e sandálias nos pés, os músicos do Fulô de Mandacaru superaram os concorrentes, conquistaram ouvidos Brasil afora e venceram a terceira edição do reality de competição SuperStar, da Globo. Com canções que ressaltam a cultura nordestina, a banda de Pernambuco tem 15 anos de estrada, durante os quais produziu sete discos de estúdio e dois DVDs. Mas para Armandinho do Acordeon, um dos fundadores, a década e meia de experiência foi apenas o começo de algo muito maior para o Fulô. “Agora é que vamos dar início ao grande trabalho”, diz o músico após atingir o auge com a vitória no programa. Formado em Caruaru, chamada de a capital do forró, o grupo arriscou os primeiros acordes no tradicional festival de São João, que acontece anualmente na cidade. “Crescemos muito de lá pra cá. Saber que vencemos o programa e que dessa forma conseguimos tornar nossa música mais acessível nos dá uma alegria imensa”, se emociona Armandinho.
Apesar da acirrada disputa final entre Plutão Já Foi Planeta (segundo colocado), OutroEu e Bellamore, o músico afirma que a rivalidade se limitou apenas ao palco. “Nos bastidores existia muito intercâmbio musical, além de muita festa. O que queremos é transmitir novos valores, como a humildade, e tocar a alma das pessoas com nossa música.”
Armandinho e os demais integrantes do Fulô de Mandacaru (Pingo Barros na zabumba e Bruno Mattos no triângulo) sentem-se realizados. Agora contratados pela gravadora Som Livre e com os R$ 500 mil do prêmio no bolso, eles traçam planos para o segundo semestre. “Como nosso nome já está meio consolidado na cena musical nordestina, queremos explorar as regiões Centro-Oeste e Sudeste”, diz. “Vemos nossa banda como um projeto a longo prazo, não como uma chuva de verão.”