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Baixista certeiro

Jack Bruce, ex-Cream, influenciou toda uma geração de instrumentistas

Paulo Cavalcanti Publicado em 18/11/2014, às 11h49 - Atualizado às 15h14

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Jack Bruce em São Paulo, em 2012 - João Vitor Iague Arruda
Jack Bruce em São Paulo, em 2012 - João Vitor Iague Arruda

Foram dois anos ao lado de Eric Clapton e Ginger Baker, no Cream, um dos primeiros supergrupos da história do rock, mas Jack Bruce foi mais do que o “baixista que acompanhou Clapton no fim dos anos 1960”. O artista, morto em outubro, aos 71 anos (e com seis décadas de vida dedicadas à música), foi um dos poucos que poderia se gabar de ter influenciado gerações. Desde os 10 anos, quando começou a estudar baixo e violoncelo na escola, até os últimos momentos de vida, Bruce seguiu explorando as regiões limítrofes entre blues e jazz, permeando o rock com precisão cirúrgica. “Minha vida nunca seria a mesma novamente”, descreveu Clapton, na introdução da autobiografia Jack Bruce Composing Himself, ao citar o primeiro encontro com Bruce, em 1966. O baixista, então com 22 anos, ocupara o posto que era de John McVie na banda Bluesbreakers, e já exibia um talento surpreendente ao “aproveitar cada oportunidade musical”, escreveu o guitarrista. “A música e a experiência de tocá-la levaram-me para outra dimensão.” A harmonia no palco, o sincronismo entre Bruce, Clapton e o baterista Baker, eram exatamente o oposto fora dele. O Cream estarreceu o mundo do rock por pouco mais de dois anos, em quatro discos de estúdio, entre 1966 e 1968, mas mal se falavam. O fim era inevitável, mas o legado de Bruce, mesmo com a morte dele, permanece.