A Música, a Influência e o Legado do Nirvana de Kurt Cobain
Se você está lendo estas linhas é porque deve gostar de "rock alternativo". E quem não gosta? Afinal, ele está impregnado em nosso dia-a-dia, em todos os lugares: nos sites, nas revistas e na televisão.
Mas nem sempre foi assim. Houve uma época, 20 anos atrás, em que o rock alternativo era feudo de poucos. Gostar do lado mais underground da música era coisa de nerds, de adolescentes espinhudos de óculos de tartaruga e camiseta dos Smiths puída. Ouvir esse som nas rádios comerciais era impossível. A MTV o ignorava. Quem quisesse ouvir qualquer coisa que não fosse Van Halen ou Michael Jackson só tinha uma opção: sintonizar as bravas rádios universitárias. Claro que estamos falando dos Estados Unidos e da Europa, não do Brasil. Aqui, gostar de rock alternativo era como viver num gueto. Não havia rádios para ouvir nem discos para comprar. Era você contra o mundo. Até que veio o Nirvana.
Mais que uma grande banda de rock, o Nirvana foi uma banda importante. Importante porque mudou para sempre o conceito de "rock alternativo", levando um sopro do underground para as massas e rompendo as até então intransponíveis barreiras do "mainstream". De repente, havia um de nós na televisão, nas rádios e nas lojas. Claro que o Nirvana não fez isso sozinho. Por alguns anos, uma grande teia indie estava se formando. Pequenas gravadoras de fundo de quintal se fortaleciam pouco a pouco; fanzines viravam revistas e aumentavam a circulação; aqui e ali, pipocavam programas de rádio que traziam as novidades; mas o Nirvana foi o catalisador. A banda certa no momento certo.
Você lê esta matéria na íntegra na edição 31, abril/2009