São Paulo se prepara para receber as duas primeiras grandes feiras de cultura pop do país.
Desde 1970, a cidade de san diego, nos Estados Unidos, é anualmente invadida por uma multidão de tribos de nerds e aficionados por quadrinhos e cultura pop em geral. Na pri- meira edição da mais famosa Comic-Con, duas centenas de pessoas compareceram; 43 anos depois, em 2013, a quantidade foi 650 vezes maior. É a prova inegável: ser nerd está em alta. E o Brasil enfim pretende abraçar essa cultura. Duas versões da Comic Con preparam-se para trazer artistas de cinema, quadrinhos e televisão para São Paulo em um período de três semanas, entre 15 de novembro e 7 de dezembro.
Com nomes parecidos – e causando alguma confusão entre os interessados em visitar asfeiras –, a Brasil Comic Con e a Comic Con Experience pretendem desbravar o formato do evento com atrações bastante distintas. Os grandes nomes da primeira chamam atenção pela nostalgia: Cassandra Peterson (de Elvira, a Rainha das Trevas), Paul Zaloom (O Mundo de Beakman) e Takumi Tsutsui (Jiraiya – O In- crível Ninja). Já a Comic Con Experience aposta em atrações bastante pop e contemporâneas, caso de Sean Astin (trilogia O Senhor dos Anéis) e Kirk Hammett (guitarrista do Metallica e especialista em terror). “Ser geek é ser legal, da moda, uma pessoa antenada e que entende de cultura pop”, diz Leandro Cruz, coordenador-geral da Brasil Comic Con. Ivan Costa, sócio da CCXP, conta que a organização assinou um contrato de três anos com o Expo Imigrantes, local que vai sediar a primeira edição da feira. “Queremos algo a longo prazo”, afirma Costa. “São Paulo tem potencial para ser a capital geek da América Latina.”