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Batuque em Expansão

Mallu enfrenta críticas enquanto retoma carreira solo com álbum feito “para fora”

Lucas Brêda Publicado em 23/07/2017, às 11h48

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<b>Novo Momento</b><br>
Aos 24, Mallu firma uma nova rodada da carreira
 - Gonçalo F. Santos/ Divulgação
<b>Novo Momento</b><br> Aos 24, Mallu firma uma nova rodada da carreira - Gonçalo F. Santos/ Divulgação

‘‘Não há quem segure a coragem dos meus 24”, canta Mallu Magalhães em “São Paulo”, faixa presente em Vem, primeiro disco solo dela em seis anos. Apesar de posicionada no fim da tracklist, a canção representa bem as intenções de Mallu no registro: fixar a relação com a música brasileira, um instrumental recheado (de batuques a metais) e uma imposição lírica e vocal oposta à introspecção cativante de Pitanga (2011). “Queria fazer um disco bem mais para fora e para o mundo do que eu já tinha feito”, admite ela. “Apesar de as músicas não serem rock, são ‘para fora’, com essa roupagem elaborada.”

Aos 24 anos, a cantora chega ao novo trabalho depois do nascimento da filha dela com o também músico Marcelo Camelo. “Entrei para gravar e foi tudo adaptado, porque a Luísa ainda era pequena”, explica, justificando o tempo passado entre Pitanga e Vem. Camelo assinou a produção novamente. “É sempre nós dois, trabalhamos muito juntos. Tem música que eu imagino teclado, baixo, e ele fala: ‘Imagina uma cuíca?’ O que acontece é que 90% das vezes eu gosto das ideias dele.”

Com Vem, mais especificamente o clipe de “Você Não Presta”, Mallu reencontrou a ira da internet e enfrentou acusações de racismo e apropriação cultural pela maneira como pautou a participação de bailarinos negros. “Fui acompanhando os comentários e desdobramentos”, confessa. “Fiquei muito chateada, muito abalada. Fica óbvio ver quem tem uma birra e quem se sentiu ofendido. A mim interessam as pessoas que têm fundamento e se sentiram ofendidas, e aí levantaram uma discussão importante. Nunca foi minha intenção [ofender], por isso estou em paz comigo.”

Dias depois desta entrevista, antes de performance no programa Encontro, da Globo, ela disse: “Essa é para quem é preconceituoso e acha que branco não pode tocar samba”. Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa de Mallu informou que ela não iria comentar o episódio.